Agradece as mãos que te
constroem a existência, decorando-a com as tintas da alegria e da esperança,
mas endereça os teus pensamentos de gratidão àquelas outras que te ferem com os
espinhos da incompreensão, ensinando-te a conviver e a servir.
Agradece as vozes que te embalam os anseios, entretecendo hinos de paz e
amor com que te inspiram as melhores realizações, no entanto, envia as tuas
vibrações de reconhecimento àquelas outras que te exageram essa ou aquela
falha, induzindo-te a compreender e a perdoar.
Agradece aos amigos que te proporcionam a mesa farta, impulsionando-te a
pensar na abastança da Terra, mas não recuses respeito àqueles que, em algum
tempo, te sonegaram o pão, levando-te a prestigiar a fraternidade e a
beneficência.
Agradece aos irmãos que te reconhecem a nobreza de sentimentos,
louvando-te o trabalho, entretanto, não olvides o apreço que se deve àqueles
outros que te menosprezam, auxiliando-te a descobrir os tesouros da humildade e
da tolerância.
Certa feita, um pedaço de carbono sumido no monturo pediu a Deus o
levasse para a superfície da Terra, a fim de se mais útil.
O Supremo Senhor ouviu-lhe a súplica e determinou fosse ele detido no
subsolo para a devida maturação.
O minério humilde aceitou a resposta e permaneceu na clausura, por
séculos e séculos, suportando a química danatureza com o assalto constante dos
vermes que habitavam o chão.
Chegou, por fim, o tempo em que o Criador mandou arrancá-lo para
atender-lhe aos ideais. Instrumentos de perfuração exumaram-no a golpes
desapiedados e o lapidário cortou-lhe o corpo, de vários modos, em minucioso
burilamento.
Mas quando o carbono sublimado surgiu, de todo, aos olhos do mundo, Deus
o havia transformado no brilhante, que passou a brilhar, entre os homens,
parecendo uma flor do arco-Íris com o fulgor das estrelas.
Francisco
Cândido Xavier por Meimei
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