A permanência nos círculos mais baixos da natureza institui para
a alma um segundo modo de ser, em que a viciação se faz obsidente e imperiosa.
Para que alguém se retire de semelhantes charcos do espírito é imprescindível
que fuja.
Raramente, porém, a vitima conseguirá libertar-se, sem a
disciplina de si mesma.
Muita vez, é preciso violentar o próprio coração. Somente assim
demandará novos planos.
Justo, pois, recorrer à imagem do Mestre, quando se reportou ao
Planeta em geral, salientando as necessidades do indivíduo.
É conveniente a todo aprendiz a fuga proveitosa da região
lodacenta da vida, enquanto não chega o “inverno” ou os derradeiros recursos de
tempo, recebidos para o serviço humano.
Cada homem possui, com a existência, uma série de estações e uma
relação de dias, estruturadas em precioso cálculo de probabilidades. Razoável
se torna que o trabalhador aproveite a primavera da mocidade, o verão das
forças físicas e o outono da reflexão, para a grande viagem do inferior para o
superior; entretanto, a maioria aguarda o inverno da velhice ou do sofrimento
irremediável na Terra, quando o ensejo de trabalho está findo.
As possibilidades para determinada experiência jazem esgotadas.
Não é o fim da vida, mas o termo de preciosa concessão. E, naturalmente, o
servidor descuidado, que deixou para sábado o trabalho que deveria executar na
segunda-feira, será obrigado a recapitular a tarefa, sabe Deus quando!
Vinha de Luz. Francisco
C. Xavier por Emmanuel
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