Não é admissível que alguém entregue o espírito à direção do
Cristo e a veste corporal aos adversários da Luz Divina.
Muitos crentes transviados realizam estações de prazer, nos
continentes do crime, e exclamam, inconscientes:
“Hoje, meu corpo atende a fatalidades do mundo, mas, amanhã,
estarei na igreja com Jesus.”
Outros, depois de confiarem a mocidade à tutela do vício,
aguardam a decrepitude, a fim de examinarem os magnos problemas espirituais.
Existem, igualmente, os que flagelam a carne, através de
mortificações descabidas, supondo cooperar no aprimoramento da alma,
empregando, para isso, tão-somente alguns fenômenos de epiderme.
Todos os aprendizes dessa classe desconhecem que a vida em
Cristo é equilíbrio justo, encarnando-lhe os sentimentos e os desígnios, em
todas as linhas do serviço terrestre. Paulo de Tarso assevera que somos os
membros do Mestre, “em particular”.
Onde estivermos, atendamos ao impositivo de nossas tarefas,
convencidos de que nossas mãos substituem as do Celeste Trabalhador, embora em
condição precária.
O Senhor age em nós, a favor de nós.
É indiscutível que Jesus pode tudo, mas, para fazer tudo, não
prescinde da colaboração do homem que lhe procura as determinações. Os
cooperadores fiéis do Evangelho são o corpo de trabalho em sua obra redentora.
Haja, pois, entre o servo e o orientador legítimo entendimento.
Jesus reclama instrumentos e companheiros. Quem puder satisfazer
ao imperativo sublime, recorde que deve comparecer diante dEle, demonstrando
harmonia de vistas e objetivos, em primeiro lugar.
Vinha de Luz. Francisco
C. Xavier por Emmanuel
Nenhum comentário:
Postar um comentário