“Na
verdade é já realmente uma falta entre vós
terdes
demandas uns contra os outros.
Por que não
sofreis, antes, a injustiça?
por que
não sofreis, antes, o dano?”
Paulo (I
Coríntios, 6:7)
Nem sempre as demandas permanecem nos tribunais judiciários, no terreno
escandaloso dos processos públicos.
Expressam-se em muito maior escala no centro dos lares e das
instituições.
Aí se movimentam, através do desregramento mental e da conversação em
surdina, no lodo invisível do ódio que asfixia corações e anula energias. Se
vivem, contudo, é porque componentes da família ou da associação as alimentam
com o óleo da animosidade recalcada.
Aprendizes inúmeros se tornam vítimas de semelhantes perturbações, por
se acastelarem nos falsos princípios regenerativos.
De modo geral, grande parte prefere a atitude agressiva, de espada às
mãos, esgrimindo com calor na ilusória suposição de operar o conserto do
próximo.
Prontos a protestar, a acusar e criticar nos grandes ruídos, costumam
esclarecer que servem à verdade. Por que motivo, porém, não exemplificam a
própria fé, suportando a injustiça e o dano heroicamente, no silêncio da alma
fiel, antes da opção por qualquer revide?
Quantos lares seriam felizes, quantas instituições se converteriam em
mananciais permanentes de luz se os crentes do Evangelho aprendessem a calar
para falar, a seu tempo, com proveito?
Não nos referimos aqui aos homens vulgares e, sim, aos discípulos de
Jesus.
Quanto lucrará o mundo, quando o seguidor do Cristo se sentir venturoso
em ser mero instrumento do bem nas Divinas Mãos, esquecendo o velho propósito
de ser orientador arbitrário do Serviço Celeste?
Emmanuel/Chico Xavier
Livro: Pão Nosso
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