“Em
verdade, em verdade, vos digo.”
Jesus (Jo,6:26)
Os recursos
que tem a palavra, para erigir edifícios formosos de luz ou fossas escuras de
trevas, ainda não são devidamente compreendidos.
Os elementos
que compõem a palavra, para que ela caustique ou refrigere, certamente ainda
não vêm sendo devidamente considerados.
A força que as
palavras guardam em si, a fim de gerar esperança ou de promover o desalento,
ainda não vem sendo analisada.
A energia que
veste cada palavra, possibilitando a construção da paz ou da destruição da
guerra, terá que ser, um dia, examinada, para que, futuramente, lancemos mão da
arte de falar para a elaboração do melhor.
o – o - o
Pela magia da
voz, Sócrates cria amaiêutica e instrui a
juventude, embriagando de subidos valores filosóficos os seguidores
do seu falar e do seu viver.
Por meio da
palavra, Napoleão determina, e explode o conflito que lhe custaria a derrota e
a morte, que não lhe tardaria.
Falando,
o Poverelo (Pobrezinho) de Assis transforma os tempos e canta a
melodia do amor fraternal a tudo e a todos, fazendo-se arauto dos tempos de
ventura que chegarão para quem os busque.
Através do
diálogo, Lincoln faz-se o pai da liberdade americana e assina os documentos que
lhe consagrariam o nome para sempre.
Foi com a
palavra que o dúlcido Raban Galileu (do hebraico Raban ou Rabbôn, que era uma forma mais
solene, donde saiu Rabboni, que significa “meu senhor”) teceu as canções mais admiráveis, comoventes e verdadeiras
como jamais se ouvira sobre o mundo.
“Em verdade,
em verdade, vos digo...”
Quando as
palavras humanas refletirem a verdade, promovendo equilíbrio onde sejam
enunciadas, e, como ocorreu com estes aos quais nos referimos, as palavras
foram confirmadas pelos atos, com toda certeza retornaremos ao regaço
espiritual de Jesus, avançando felizes pelas veredas do nosso burilamento para
a Eternidade.
“Em verdade,
em verdade, vos digo...”
Quando
aceitarmos a palavra do Cristo como veraz roteiro para todos nós, sem dúvida
que o mundo se alcandorará para os braços de Deus.
Fale o melhor,
fale o bem. Renove-se com o ato de falar, a fim de que não se perca nos
pântanos da inverdade que costuma, onde medra, promover tormento e agressão,
agonia e ignorância, que perturbam e derrotam, irrefragavelmente.
De “Nossas riquezas maiores”
de J. Raul Teixeira – Diversos Espíritos
Francisco de Paula Vitor
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