Céu e Inferno, 1ª Parte, Cap. VII,
Item 14
Eles, os Embaixadores Divinos, quando chegam a nós,
espíritos internados na escola da evolução, trazem consigo as harmonias
supremas.
Expressam-se raramente por estruturas humanas, conquanto
permitam que artistas de sentimento elevado lhes imaginem a forma, nas
alegorias da abstração ou na linguagem dos símbolos.
Manifestam-se quase sempre por influxos de sabedoria e
beleza, amor e refazimento.
São frêmitos de esperança, alavancas intangíveis de
força, clarões relampagueantes no firmamento da lama, a se lhe espelharem nas
telas do pensamento por ideias sublimes e sonhos majestosos, visões interiores
de magnificência intraduzível, cujo fulgor recorda a auréola solar dissipando
as trevas!...
Abeiram-se das mãos fatigadas de pranto e renovam-lhes a
ternura para que afaguem de novo os filhos ingratos; aproximam-se dos corações
exaustos de sacrifícios, impelindo-os a converter soluços de sofrimento em
cânticos de alegria; envolvem o cérebro daqueles que se consagram
espontaneamente à felicidade dos semelhantes e comunicam-lhes o lume da
inspiração, que se lhes transfigura, no campo mental, em cores e melodias,
invenções e modelos, composições literárias e revelações científicas, poemas e
vozes, hinos à bondade e planos de serviço que atendam anseios e aspirações das
criaturas famintas de acesso aos reinos superiores do espírito; abraçam os
lidadores do bem e reaquecem-lhes os corações para que não se imobilizem, sob o
granizo da calúnia, e nem se entorpeçam, ao verbo gelado e fulgurante das
filosofias estéreis; beijam a fronte pastosa dos agonizantes que aguardam
tranquilamente a morte, rociando-lhes o olhar com lágrimas de júbilo ao
desvendar-lhes os gloriosos caminhos da liberdade; enlaçam os servidores
humildes que suam e choram na gleba, a fim de que o mundo se abasteça
suficientemente de pão, e levantam-lhes a cabeça para a contemplação do Céu...
Quando a ventania da adversidade te assopre desalento ou
quando a sombra da provação te mergulhe em nuvens de tristeza, recorre a eles,
os Embaixadores Divinos do Amor Eterno, e sentirás, de imediato, o calor da fé,
nutrindo-te a paciência e acalentando-te a vida.
Para isso, basta te recolhas à paz do silêncio acendendo
em ti mesmo leve chama de oração por atalaia de luz.
Emmanuel; André Luiz
Opinião Espírita
Francisco Cândido Xavier; Waldo
Vieira
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