“Quando
quiserdes orar, entrai para o vosso quarto e,
cerrada
a porta, orai a vosso Pai em secreto;
e
vosso Pai que vê o que se passa em
secreto
vos recompensará”. – Jesus. (MATEUS, 6:6)
Se a resposta que esperamos à oração
parece tardia, habitualmente nos destemperamos em amargura.
Proclamamos haver hipotecado todas as
forças de espírito à confiança na Providência Divina e gritamos, ao mesmo
tempo, que as tribulações ficaram maiores.
Dizemo-nos fiéis a Deus e
afirmamo-nos esquecidos.
Convém observar, porém, que a
provação não nos alcança de maneira exclusiva.
As nossas dificuldades são as
dificuldades de nosso grupo.
Familiares e companheiros sofrem
conosco o impacto das ocorrências desagradáveis, tanto quanto a fricção do
cotidiano pela sustentação da harmonia comum.
Se para nós, que nos asseveramos
alicerçados em conhecimento superior, as mortificações do caminho assumem a
feição de suplícios lentos, que não serão elas para aqueles de nossos entes
queridos, ainda inseguros da própria formação espiritual.
Compreendamos que, se na extinção dos
nosso problemas pequeninos, requisitamos o máximo de proteção ao Senhor, é
natural que o Senhor nos peça o mínimo de concurso na supressão dos grandes
infortúnios que abatem o próximo.
Em quantos lances embaraçosos, somos,
de fato, a pessoa indicada à paciência e à tolerância, ao entendimento e ao
serviço?
Com semelhante raciocínio,
reconhecemos que a pior atitude, em qualquer adversidade, será sempre aquela da
dúvida ou da inquietação que venhamos a demonstrar.
Em supondo que a solução do Auto
demora a caminho, depois de havermos rogado o favor da Infinita Bondade,
recordemos que se a hora de crise é o tempo de luta, é também a ocasião para os
melhores testemunhos de fé; e que se exigimos o amparo do Senhor, em nosso
benefício, é perfeitamente justo que o Senhor nos solicite algum amparo, em
favor dos que se afligem, junto de nós.
Francisco
Cândido Xavier por Emmanuel. In: Palavras de Vida Eterna
Nenhum comentário:
Postar um comentário