“... com o critério com que julgardes sereis
julgados; e com a medida com que tiverdes
medido vos medirão também”.
– Jesus (MATEUS, 7:2)
Viste
o companheiro em necessidade e comentaste-lhe a posição...
Possuía
ele recursos expressivos e, talvez por imprevidência, caiu em penúria
dolorosa...
Usufrui
conhecimentos superiores e feriu-te a sensibilidade por arrojar-se em terríveis
despenhadeiros do coração que, às vezes, os últimos dos menos instruídos conseguem
facilmente evitar...
Detinha
oportunidades de melhoria, com as quais milhares de criaturas sonham debalde e
procedeu impensadamente, qual se não retivesse as vantagens que lhe brilham nas
mãos...
Desfruta
ambiente distinto, capaz de guindá-lo às alturas e prefere desconhecer as
circunstâncias que o favorecem, mergulhando-se na sombra das atitudes
negativas...
Mantinha
valiosas possibilidades de elevação espiritual, no levantamento de apostolados
sublimes, e emaranhou-se em tramas obsessivas que lhe exaurem as forças...
Tudo
isso, realmente, podes observar e referir.
Entra,
porém, na esfera do próprio entendimento e capacita-te de que te não é possível
a imediata penetração no campo das causas.
Ignoramos
qual teria sido o nosso comportamento na trilha do companheiro em dificuldade,
com a soma dos problemas que lhe pesam no espírito.
Não
te permitas, assim, pensar ou agir, diante dele, sem que a fraternidade te
comande as definições.
Ainda
mesmo no esclarecimento absoluto que, em casos numerosos, reclama austeridade
sobre nós mesmos, é possível propiciar o remédio da fraqueza a doentes da alma
pelo veículo da compaixão, como se administra piedosamente a cirurgia aos
acidentados.
Se
conseguimos discernir o bem do mal, é que já conhecemos o mal e o bem, e se o
Senhor nos permite identificar as necessidades alheias, é porque, de um modo ou
de outro, já podemos auxiliar.
Francisco
Candido Xavier por Emmanuel. In: Palavras da Vida Eterna
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