"... As palavras que eu vos disse, são
espírito e vida."
Jesus (João, 6:63).
Em
todos os tempos surgem no mundo grandes Espíritos que manejam a palavra,
impressionando multidões; entretanto, falam em âmbito circunscrito, ainda
quando se façam ouvidos em vários continentes.
Dante
define uma época.
Camões
exalta uma raça.
Shakespeare
configura as experiências de um povo.
Voltaire
exprime determinada transformação social
A
palavra de Jesus, no entanto, transcende lavores artísticos, joias literárias,
plataformas políticas, postulados filosóficos, fórmulas estanques. Dirige-se a
todas as criaturas da Terra, com absoluta oportunidade, estejam elas nesse ou
naquele campo de evolução.
É
por isso que a Doutrina Espírita a reflete, não por mera reforma dos conceitos
superficiais do movimento religioso, à maneira de quem desmontasse antigo prédio
para dar disposição diferente aos materiais que o integram, em novo edifício
destinado a simples efeitos exteriores.
Os
ensinamentos do Mestre, nos princípios espíritas-cristãos, constituem sistema
renovador, indicação de caminho, roteiro de ação, diretriz no aperfeiçoamento
de cada ser.
Quando
os manuseies, não te julgues, assim apenas como quem se vê à frente de um
espetáculo de beleza, junto do qual devas tão somente chorar, seja nutrindo a
fonte da própria emotividade ou penitenciando-te, quanto aos próprios erros.
Além
das lágrimas, aprendamos igualmente a pensar, a purificar-nos, a reerguer-nos e
servir.
A
necessidade da alma é semelhante à sede ou à fome, ao desajuste moral ou à
moléstia, que são iguais em qualquer clima.
A
lição do Cristo é também comparável à fonte e ao pão, ao fator equilibrante e
ao medicamento, que são fundamentalmente os mesmos, em toda parte.
No
trato, pois, de nós ou dos outros, é forçoso não olvidar que o próprio Senhor
nos avisou de que as suas palavras são espírito e vida.
(Francisco
Cândido Xavier por Emmanuel. In: Palavras de Vida Eterna)
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