“Perguntou-lhe terceira vez:
Simão, filho de Jonas, amas-me?”
(João, cap. 21, v. 17)
Aos
aprendizes menos avisados é estranhável que Jesus houvesse indagado do
apóstolo, por três vezes, quanto à segurança de seu amor. O próprio Simão
Pedro, ouvindo a interrogação repetida, entristecera-se, supondo que o
Mestre suspeitasse de seus sentimentos mais íntimos.
Contudo, o
ensinamento é mais profundo.
Naquele
instante, confiava-lhe Jesus o ministério da cooperação nos serviços
redentores. O pescador de Cafarnaum ia contribuir na elevação de seus tutelados
do mundo, ia apostolizar, alcançando valores novos para a vida eterna.
Muito
significativa, portanto, a pergunta do Senhor nesse particular.
Jesus
não pede informação ao discípulo, com respeito aos raciocínios que lhe eram
peculiares, não deseja inteirar-se dos conhecimentos do colaborador,
relativamente a Ele, não reclama compromisso formal.
Pretende
saber apenas se Pedro o ama, deixando perceber que, com o amor, as demais
dificuldades se resolvem.
Se o
discípulo possui suficiente provisão dessa essência divina, a tarefa mais dura
converte-se em apostolado de bênçãos promissoras.
É
imperioso, desse modo, reconhecer que as tuas conquistas intelectuais valem
muito, que tuas indagações são louváveis, mas em verdade somente serás efetivo
e eficiente cooperador do Cristo se tiveres amor.
(Francisco C. Xavier por Emmanuel.
In: Caminho, Verdade e Vida)
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