Confundido pela avalanche dos problemas que surpreendem, não
fuja ao desafio de crescimento espiritual, recorrendo a paliativos ou
derreando-se sob a ação de psicotrópicos.
Vitimado por injunções morais, abandono de pessoas queridas,
desencarnações de criaturas amadas, injustiças e acusações descabidas, não
recorra às drogas anestesiantes, como quem se recusa vencer a ocorrência
transferindo a solução.
Alcançado pela depressão emocional desta ou daquela
natureza, ou sofrendo a exacerbação nervosa que lhe altera o comportamento, não
se arroje da desenfreada busca de uma terapia curadora que não remova as causas
do desequilíbrio.
Azorragado pelas chibatas da ansiedade e da inquietação,
caminhando para o abismo das alucinações, não se deixe arrastar à violência dos
tratamentos que não alcançam a gênese do sofrimento.
Consumindo-se pelo azedume do pessimismo, sob o desgaste da
indiferença e do desamor pela vida, postergue as atitudes e situações
simplistas que prometem mudança de estado íntimo sem remoção das causas
geradoras do mal.
Toda enfermidade tem procedência no espírito.
A matriz da alienação encontra-se no cerne do ser e somente
procedendo-se a uma psicoterapia moral, de ação positiva nos tecidos sutis da
alma, se podem conseguir os resultados saneadores de tais males.
Desse modo, examine os motivos atuais que desencadearam a
aflição e os racionalize à luz do Evangelho.
Toda luta oferece oportunidade de conquista.
As lutas morais, quando enfrentadas com os valores do
coração e da mente esclarecida, concedem promoção e liberdade.
Substitua o psicotrópico pela prece honesta, ungida de
humildade e confiança.
Mude a receita do produto anestesiante pela leitura que edifica
interiormente.
Relegue o medicamento que lhe ocasiona dependência a plano
secundário, colocando no seu lugar a reflexão salutar.
Troque a terapia da violência orgânica pela visita aos que
sofrem mais do que você e medite no bem que você lhes pode oferecer.
Durante as dores coletivas e perante elas diminuem os
distúrbios mentais, as alienações, porque o homem se esquece de si, dos
problemas pessoais, desde que convocado para ajudar.
Nenhuma substância logra oferecer força de vontade,
coragem, valor moral. Os ingredientes de que estes se compõem encontram-se
em você próprio, que os deve usar e manipular em favor da saúde integral.
Volte-se para as questões do espírito com lucidez e
esforço, assim conseguindo com esses recursos terapêuticos liberar-se dos males
que ora consomem verdadeiras multidões.
Marco Prisco/Divaldo P. Franco. Em:
Luz Viva
Nenhum comentário:
Postar um comentário