“Limpai as mãos, pecadores; e,
vós de duploânimo, purificai os corações.”
(TIAGO, 4: 8)
Cada homem tem a vida exterior,
conhecida e analisada pelos que o rodeiam, e a vida íntima da qual somente ele
próprio poderá fornecer o testemunho.
O mundo interior é a fonte de
todos os princípios bons ou maus e todas as expressões exteriores guardam aí os
seus fundamentos.
Em regra geral, todos somos
portadores de graves deficiências íntimas, necessitadas de retificação.
Mas o trabalho de purificar não
é tão simples quanto parece.
Será muito fácil ao homem
confessar a aceitação de verdades religiosas, operar a adesão verbal a
ideologias edificantes... Outra coisa, porém, é realizar a obra da elevação de
si mesmo, valendo-se da autodisciplina, da compreensão fraternal e do espírito
de sacrifício.
O apóstolo Tiago entendia
perfeitamente a gravidade do assunto e aconselhava aos discípulos limpassem as
mãos, isto é, retificassem as atividades do plano exterior, renovassem suas
ações ao olhar de todos, apelando para que se efetuasse, igualmente, a purificação
do sentimento, no recinto sagrado da consciência, apenas conhecido pelo
aprendiz, na soledade indevassável de seus pensamentos. O companheiro valoroso
do Cristo, contudo, não se esqueceu de afirmar que isso é trabalho para os de
duplo ânimo, porque semelhante renovação jamais se fará tão somente à custa de
palavras brilhantes.
Emmanuel/Chico Xavier
Livro: Caminho, Verdade e Vida
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