Cada vez que nossos lábios cedem ao impulso da queixa, quase
sempre estamos simplesmente julgando a vida que nos é própria.
Observa, assim, a ti mesmo e deixa que a consciência te vigie a
palavra.
Se viste uma pessoa em falta contra outra, não lhe exageres a
culpa, recordando quantas vezes terás faltado igualmente contra o próximo. E
assim como agradeceste a quantos te desculparam os senões da conduta, confiando
em que te melhorarias com o tempo, ampara também o irmão caído em erro, através
de teu otimismo fraternal, para que se levante e te bendiga.
Se um companheiro te ofendeu, não te confies a reações
descabidas, refletindo nas ocasiões em que terás igualmente ferido os
semelhantes. E assim como te rejubilaste, diante de todos os que te esqueceram
os golpes, na certeza de que saberias reconsiderar a própria atitude, auxilia
também o amigo que se fez instrumento de tua dor, através do olvido de todo
mal, a fim de que ele se restaure e te abençoe a grandeza de espírito.
Em toda conversação, na qual sejamos induzidos a examinar o
comportamento do próximo submetido à censura alheia, vasculhemos o íntimo,
concluindo se não teríamos praticado incorreções iguais ou maiores no lugar
dele. E, em todas as circunstâncias, não nos esqueçamos de que, estaremos
intimando, automaticamente, a nós mesmos a viver em nível mais alto e a fazer
coisa melhor.
Francisco Cândido Xavier por Emmanuel.
In: Palavras de Vida Eterna
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