Não importa quem foste, o que fizeste, quais os teus equívocos e erros.
O peso dos desregramentos constitui já punição para aqueles que o
conduzem.
A condição de devedor representa marca indelével impressa na consciência
a surgir hoje eu depois, não permanecendo, porém, oculta, por mais se deseje
ignorá-la.
Face a isso, compreensível recomeçar com ardente desejo de aproveitar o
capital do tempo no comércio da oportunidade, como investimento de bênção pela
própria redenção.
Todos guardamos cicatrizes decorrentes de feridas morais, quando não as
trazemos ainda purulentas sob disfarces bem cuidados.
Ninguém avança pelo caminho do progresso moral sem o contributo das
experiências que decorrem do sofrimento, das lições dos erros, das matrizes
muitas vezes dolorosas da criminalidade...
Pureza, portanto, hoje.
Mais do que aparência, legítima constituição íntima de propósitos
materializando atos renovadores. Pureza na ação e no pensamento.
Há conspiração generalizada contra o estado de inocência que não
significa ignorância do mal, porém superação dele.
Toda comunicação atual vazada na técnica corruptora se estriba nas
torpezas morais, reduzindo o homem aos feixes dos instintos grosseiros e às
sensações animalizantes, em detrimento dos dínamos poderosos da razão e da
emoção superior..
Todavia, mediante o culto vigoroso do Evangelho, faz-se imperioso o
retorno à pureza para a conquista da paz.
Maria de Magdala, embora os equívocos sucessivos, após conhecer Jesus
passou a cultivar a pureza e tornou-se um símbolo da vitória da razão sobre a
paixão.
Saulo fanatizado, depois de ações cruéis, sintonizou com o Cristo e se
purificou mediante a auto-doação total, ampliando na Terra os horizontes do
Cristianismo.
Ninguém te exigirá documentação sobre o passado próximo. Reinicia,
agora, o teu programa de pureza e considera o conceito sublime do Mestre, no
Sermão da Montanha: “Bem-aventurados os que têm puro o coração, porque verão a
Deus”, deixando-te comover e conduzir pela pureza a fim de haurires plenitude
de paz.
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