O homem, geralmente, quando decidido ao serviço do bem, encontra fileiras de adversários gratuitos por onde passe, qual ocorre à claridade invariavelmente assediada pelo antagonismo das sombras.
Às vezes,
porém, seja por equívocos do passado ou por incompreensões do presente, é
defrontado por inimigos mais fortes que se transformam em constante ameaça à
sua tranqüilidade.
Contar com
inimigo desse jaez é padecer dolorosa enfermidade no íntimo, quando a criatura
ainda não se afeiçoou a experiências vivas no Evangelho.
Quase
sempre, o aprendiz de boa vontade desenvolve o máximo das próprias forças a
favor da reconciliação; no entanto, o mais amplo esforço parece baldado. A
impenetrabilidade caracteriza o coração do outro e os melhores gestos de
amor passam por ele despercebidos.
Contra
essa situação, todavia, o Livro Divino oferece receita salutar. Não convém
agravar atritos, desenvolver discussões e muito menos desfazer-se a criatura
bem intencionada em gestos bajulatórios. Espere-se pela oportunidade de
manifestar o bem.
Desde o
minuto em que o ofendido esquece a dissensão e volta ao amor, o serviço de
Jesus é reatado; entretanto, a visão do ofensor é mais tardia e, em muitas
ocasiões, somente compreende a nova luz, quando essa se lhe converte em
vantagem ao círculo pessoal.
Um
discípulo sincero do Cristo liberta-se facilmente dos laços inferiores, mas o
antagonista de ontem pode persistir muito tempo, no endurecimento do coração.
Eis o motivo pelo qual dar-lhe todo o bem, no momento oportuno, é
amontoar o
fogo renovador sobre a sua cabeça, curando-lhe o ódio, cheio de expressões
infernais.
Emmanuel/Chico Xavier
Livro: Pão Nosso
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