“Mas a
manifestação do Espírito é dada
a cada um,
para o que for útil.”
Paulo (I
Coríntios, 12:7)
Com a revivescência do Cristianismo puro, nos agrupamentos do
Espiritismo com Jesus, verifica-se idêntica preocupação às que torturavam os
aprendizes dos tempos apostólicos, no que se refere à mediunidade.
A maioria dos trabalhadores na evangelização inquieta-se pelo
desenvolvimento imediato de faculdades incipientes.
Em determinados centros de serviço, exigem-se realizações superiores às
possibilidades de que dispõem; em outros, sonha-se com fenômenos de grande
alcance.
O problema, no entanto, não se resume a aquisições de exterior.
Enriqueça o homem a própria iluminação íntima, intensifique o poder
espiritual, através do conhecimento e do amor, e entrará na posse de tesouros
eternos, de modo natural.
Muitos aprendizes desejariam ser grandes videntes ou admiráveis
reveladores, embalados na perspectiva de superioridade, mas não se abalançam
nem mesmo a meditar no suor da conquista sublime.
Inclinam-se aos proventos, mas não cogitam do esforço. Nesse sentido, é
interessante recordar que Simão Pedro, cujo espírito se sentia tão bem com o
Mestre glorioso no Tabor, não suportou as angústias do Amigo flagelado no
Calvário.
É justo que os discípulos pretendam o engrandecimento espiritual,
todavia, quem possua faculdade humilde não a despreze porque o irmão mais próximo
seja detentor de qualidades mais expressivas. Trabalhe cada um com o material
que lhe foi confiado, convicto de que o Supremo Senhor não atende, no
problema de manifestações espirituais, conforme o capricho humano, mas, sim, de
acordo com a utilidade geral.
Emmanuel/Chico
Xavier
Livro: Pão Nosso
Livro: Pão Nosso
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