sexta-feira, 29 de março de 2019

VIVERÁS PARA SEMPRE




Estudos e dissertações em torno da substância religiosa
de “O Céu e o Inferno”,  de Allan Kardec
— 1ª Parte, Cap. II, item 3

         Meditando na morte, honra, servindo, a estância carnal em que te hospedas por algum tempo.
        Nela, descobrirás com frequência os que fazem ironia em torno da fé; os que se referem à virtude como sendo uma farsa; os que falam de corrida ao poder, calcando aos pés o coração dos semelhantes; os que zombam da lealdade e os que improvisam redutos de fantasioso prazer, argamassando-os com o pranto das viúvas e dos órfãos.
        Não te padronizes pelo figurino moral que apresentam, porquanto, qual acontece contigo, ainda que não queiram, permanecem de viagem na Terra, e cada um prestará contas de si próprio no momento oportuno.
        Se a semente conseguisse ouvir-nos acerca da valiosa tarefa de que se incumbirá na alimentação do povo, quando estiver convertida em árvore, talvez nos recusasse os vaticínios, e se a lagarta pudesse escutar-nos sobre a futura condição que a espera, dentro da qual voltará no espaço com asas de borboleta, provavelmente nos interpretaria por loucos.
        Não te molestem, assim, as considerações pueris dos irmãos nossos que procuram transformar a vida terrena em floresta de impulsos selvagens, gastando a existência em caça e pesca de emoções inferiores.
-o-o-
        Persiste na reta consciência e faze o teu melhor.
        Dos Planos Superiores, os amigos que te antecederam na Pátria Espiritual acompanham-te os triunfos ignorados pelos homens e abençoam-te o suor da paciência nas lutas necessárias; encorajam-te na causa do amor puro e sustentam-te as energias para que as tuas esperanças não desfaleçam; comungam-te as alegrias e as dores, ensinando-te a semear a felicidade nos outros, para que recolhas a felicidade maior; se tropeças, estendem-te os braços e, se choras, enxugam-te as lágrimas; sobretudo, esperam-te, confiantes, quando termines a tarefa, para te abraçarem, afetuosos, com a alegria de quem recebe um companheiro querido, de volta ao lar.
        Persevera no bem, sabendo que viverás para sempre.
        E, se te sentires sozinho na fé, lembra-te de Jesus.
      Um dia, ele esteve abandonado e crucificado no alto de uma colina, contemplando amigos desertores e algozes gratuitos, beneficiários ingratos e adversários inconscientes... Na conceituação humana, estava plenamente sozinho; contudo, ele com Deus e Deus com ele formavam maioria, ante a multidão desvairada.



De “Justiça Divina”, de Francisco Cândido Xavier
pelo Espírito Emmanuel

quinta-feira, 28 de março de 2019

SIMPLICIDADE E MODERAÇÃO






Se falas aos que te cercam
Da importância da fraternidade,
Para seres coerente,
Mantenha a simplicidade.

Afinal é muito importante,
No trato com teu irmão,
Para o equilíbrio de todos,
Usar de moderação.

Andam sempre de mãos dadas,
Simplicidade e moderação.
Uma ampara a outra
E ambas falam do cristão.



De “Nas pétalas da inspiração”, de Lúcio de Abreu


quarta-feira, 27 de março de 2019

AÇÕES




Desculpar em silêncio, sem nunca mais nos referirmos à ofensa.
Cumprir os nossos deveres com alegria.
Tolerarmo-nos, mutuamente, dentro do lar, naquela harmonia, por vezes, tão difícil de construir.
Ajudar sem exigir o entendimento daqueles que as nossas mãos auxiliam.
Olvidar, de maneira definitiva e sem qualquer condição, as pequeninas alfinetadas que recebemos, em nosso próprio benefício, no círculo daqueles a quem mais amamos.
Cultuar cada dia a humildade, o serviço, a oração.
Ser, realmente, bons uns para com os outros.



Amintas Soares -  Livro:  Obras da Fé
Francisco Cândido Xavier, por Espíritos Diversos


terça-feira, 26 de março de 2019

VEJAMOS ISSO




“Porque o Cristo me enviou, não para batizar,
mas para evangelizar; não em saboaria de
palavra, para que a cruz do Cristo se
não faça vã.” Paulo (I Coríntios, 1:17)


       Geralmente, quando encarnados, sentimos vaidoso prazer em atrair o maior número de pessoas para o nosso modo de crer.
       Somos invariavelmente bons pregadores e eminentemente sutis na criação de raciocínios que esmaguem os pontos de vista de quantos nos não possam compreender no imediatismo da luta.
       No primeiro pequeno triunfo obtido, tornamo-nos operosos na consulta aos livros santos, não para adquirir mais vasta iluminação e, sim, com o objetivo de pesquisar as letras humanas das divinas escrituras, buscando acentuar as afirmativas vulneráveis de nossos opositores.
       Se católicos romanos, insistimos pela observância de nossos amigos à frequência da missa e dos sacramentos materializados; se adeptos das igrejas reformadas, exigimos o comparecimento geral ao culto externo; e, se espiritistas, buscamos multiplicar as sessões de intercâmbio com o plano invisível.
       Semelhante esforço não deixa de ser louvável em algumas de suas características, todavia, é imperioso recordar que o aprendiz do Evangelho, quando procura sinceramente compreender o Cristo, sente-se visceralmente renovado na conduta íntima.
       Quando Jesus penetra o coração de um homem, converte-o em testemunho vivo do bem e manda-o a evangelizar os seus irmãos com a própria vida e, quando um homem alcança Jesus, não se detém, pura e simplesmente, na estação das palavras brilhantes, mas vive de acordo com o Mestre, exemplificando o trabalho e o amor que iluminam a vida, a fim de que a glória da cruz não se faça vã.



De “Pão Nosso”, de Francisco Cândido Xavier, pelo Espírito Emmanuel

segunda-feira, 25 de março de 2019

CONFIA EM DEUS




Aflições e lágrimas são processos da vida, em
que se te acrescentam as energias, a fim de que
sigas a frente, na quitação dos compromissos
esposados, para que se te iluminem os olhos, no
preciso discernimento.

Nos dias difíceis de atravessar, levanta-se para a
vida, ergue a fronte, abraça o dever que as
circunstâncias te deram e abençoa a existência
em que a Providência Divina te situou.

Por maiores se façam a dor que te visite, o golpe
que te fira, a tribulação que te busque ou o
sofrimento que te assalte, não esmoreças na fé e
prossegue fiel às próprias obrigações, porque, se
todo o bem te parece perdido, na fase da tarefa
em que te encontras, guarda a certeza de que
Deus está contigo, trabalhando no outro lado.



Autor: Emmanuel
Psicografia de Francisco Cândido Xavier
Livro: Alma e Coração


domingo, 24 de março de 2019

PENSE




Pense e fará o que pensa.
Faça e você será aquilo que faz.
O lugar em que você vive é o seu campo de ação.
O setor de engajamento é o seu próprio trabalho.
Comandos e ordenanças, companheiros e inspetores são parentes e amigos.
Marca de vitória: alegria interior com a bênção de Deus que nenhuma palavra do mundo consegue traduzir.



André Luiz - Da obra: Agenda de Luz - Francisco Cândido Xavier

sexta-feira, 22 de março de 2019

EMBAIXADORES DIVINOS




  
Céu e Inferno, 1ª Parte, Cap. VII, Item 14

Eles, os Embaixadores Divinos, quando chegam a nós, espíritos internados na escola da evolução, trazem consigo as harmonias supremas.
Expressam-se raramente por estruturas humanas, conquanto permitam que artistas de sentimento elevado lhes imaginem a forma, nas alegorias da abstração ou na linguagem dos símbolos.
Manifestam-se quase sempre por influxos de sabedoria e beleza, amor e refazimento.
São frêmitos de esperança, alavancas intangíveis de força, clarões relampagueantes no firmamento da lama, a se lhe espelharem nas telas do pensamento por ideias sublimes e sonhos majestosos, visões interiores de magnificência intraduzível, cujo fulgor recorda a auréola solar dissipando as trevas!...
Abeiram-se das mãos fatigadas de pranto e renovam-lhes a ternura para que afaguem de novo os filhos ingratos; aproximam-se dos corações exaustos de sacrifícios, impelindo-os a converter soluços de sofrimento em cânticos de alegria; envolvem o cérebro daqueles que se consagram espontaneamente à felicidade dos semelhantes e comunicam-lhes o lume da inspiração, que se lhes transfigura, no campo mental, em cores e melodias, invenções e modelos, composições literárias e revelações científicas, poemas e vozes, hinos à bondade e planos de serviço que atendam anseios e aspirações das criaturas famintas de acesso aos reinos superiores do espírito; abraçam os lidadores do bem e reaquecem-lhes os corações para que não se imobilizem, sob o granizo da calúnia, e nem se entorpeçam, ao verbo gelado e fulgurante das filosofias estéreis; beijam a fronte pastosa dos agonizantes que aguardam tranquilamente a morte, rociando-lhes o olhar com lágrimas de júbilo ao desvendar-lhes os gloriosos caminhos da liberdade; enlaçam os servidores humildes que suam e choram na gleba, a fim de que o mundo se abasteça suficientemente de pão, e levantam-lhes a cabeça para a contemplação do Céu...
Quando a ventania da adversidade te assopre desalento ou quando a sombra da provação te mergulhe em nuvens de tristeza, recorre a eles, os Embaixadores Divinos do Amor Eterno, e sentirás, de imediato, o calor da fé, nutrindo-te a paciência e acalentando-te a vida.
Para isso, basta te recolhas à paz do silêncio acendendo em ti mesmo leve chama de oração por atalaia de luz.


Emmanuel; André Luiz
Opinião Espírita
Francisco Cândido Xavier; Waldo Vieira

quinta-feira, 21 de março de 2019

PERDÃO E NÓS




Habitualmente, consideramos a necessidade do perdão apenas quando alvejados por ofensas de caráter público, no intercurso das quais recebemos tantos testemunhos de solidariedade, na esfera dos amigos, que nos demoramos hipnotizados pelas manifestações afetivas, a deixar-nos em mérito duvidoso.
A ciência do perdão, todavia, tão indispensável ao equilíbrio, quanto o ar é imprescindível à existência, começa na compreensão e na bondade, perante os diminutos pesares do mundo íntimo.
Não apenas desculpar todos os prejuízos e desvantagens, insultos e desconsiderações maiores que nos atinjam a pessoa, mas suportar com paciência e esquecer completamente, mesmo nos comentários mais simples, todas as pequeninas injustiças do cotidiano, como sejam:

a observação maliciosa;
a referência pejorativa;
o apelo sem resposta;
a gentileza recusada;
o benefício esquecido;
o gesto áspero;
a voz agressiva;
a palavra impensada;
o sorriso escarnecedor;
o apontamento irônico;
a indiscrição comprometedora;
o conceito deprimente;
a acusação injusta;
a exigência descabida;
a omissão injustificável;
o comentário maledicente;
a desfeita inesperada;
o menosprezo em família;
a preterição sob qualquer aspecto;
o recado impiedoso...

Não nos iludamos em matéria de indulgência.
Perdão não é recurso tão-somente aplicável nas grandes dores morais, à feição do traje a rigor, unicamente usado em horas de cerimônia. Todos os menos suscetíveis de erro e, por isso mesmo, perdão é serviço de todo instante, mas, assim como o compositor não obtém a sinfonia sem passar pelo solfejo, o perdão não existe, de nossa parte, ante os agravos grandes, se não aprendemos a relevar as indelicadezas pequenas.




De “Estude e Viva”, de Francisco Cândido Xavier e Waldo Vieira,
pelos Espíritos de Emmanuel e André Luiz

quarta-feira, 20 de março de 2019

NO SILÊNCIO DA PRECE



             
            Evangelho Segundo o Espiritismo
Cap. XXVII, Item 6


             Em ti, no silêncio da prece mental, sem que tenhas necessidade de ver ou perceber, em sentido direto, o coração bate sem cessar na cadência admirável da vida.
            Movimenta-se o sangue, por mil canalículos diversos.
            Intestinos trabalham independentes de tua vontade sustentando-te a nutrição.
            Pulmões arfam revolvendo o ar que te envolve.
            Impulsos nervosos eletrizam-te a imensa população celular do cérebro.
            Miríades e miríades de unidades de vida microscópica na concha da boca.
             Em torno de ti, no silêncio de tua prece, os átomos se agitam em vórtices intermináveis na estrutura material da roupa que te veste e dos sapatos que te calçam.
            A eletricidade vibra esfuziante por quilômetros e quilômetros de fios, transformando-se, não longe de ti, em força, luz e calor.
            Milhares de criaturas humanas num perímetro de algumas léguas em derredor, falam, cantam e choram sem que ouças.
            Outros milhões de vozes em dezenas de idiomas, nas ondas hertzianas, entrecruzam-se à tua volta sem que as registres.
            Raios sem conta chovem sobre ti sem que lhes assinales a presença.
            Inúmeros fenômenos meteorológicos se sucedem em toda parte, sem que consigas relacioná-los.
            O planeta faz giros velozes carregando-te, em paz e segurança, sem que tomes qualquer conhecimento disso.
             Igualmente, no silêncio de tua prece, acionas vasto mecanismo de auxílio e socorro na atmosfera que te rodeia, comparável a imenso laboratório invisível.
            O teu influxo emocional dirige-se além de teus sentidos para onde te sintonizes, através de insondáveis elementos dinâmicos
             Não descreias da oração por não lhe marcares fisicamente os resultados imediatos.
            O firmamento não é impassível porque te pareça mudo.
            No silêncio de tua prece mental, podes expressar até mesmo com mais veemência do que num discurso de mil palavras, o hino vibrante do amor puro, a ecoar pelo Infinito, assimilando no âmago do ser a Divina Luz, que te sublimará todos os anseios e esperanças, na renovação do destino.

             
            Emmanuel; Luiz, André – Opinião Espírita
Francisco Cândido Xavier; Waldo Vieira

ELES VIVEM

Ante os que partiram, precedendo-te na Grande Mudança, não permitas que o desespero te ensombre o coração. Eles não morreram. Estão vivos. C...