“Que farei então de
Jesus, chamado
o Cristo?” - Pilatos.
(Mateus, 27:22)
Nos
círculos do Cristianismo, a pergunta de Pilatos reveste-se de singular
importância.
Que
fazem os homens do Mestre Divino, no campo das lições diárias?
Os
ociosos tentam convertê-lo em oráculo que lhes satisfaça as aspirações de menor
esforço.
Os
vaidosos procuram transformá-lo em galeria de exibição, através da qual façam
mostruário permanente de personalismo inferior.
Os
insensatos chamam-no indebitamente à aprovação dos desvarios a que se entregam,
a distância do trabalho digno.
Grandes
fileiras seguem-lhe os passos, qual a multidão que o acompanhava, no monte,
apenas interessada na multiplicação de pães para o estômago.
Outros
se acercam dEle, buscando atormentá-lo, à maneira dos fariseus arguciosos,
rogando “sinais do céu”.
Numerosas
pessoas visitam-no, imitando o gesto de Jairo, suplicando bênçãos, crendo e
descrendo ao mesmo tempo.
Diversos
aprendizes ouvem-lhe os ensinamentos, ao modo de Judas, examinando o melhor
caminho de estabelecerem a própria dominação.
Vários
corações observam-no, com simpatia, mas, na primeira oportunidade, indagam,
como a esposa de Zebedeu, sobre a distribuição dos lugares celestes.
Outros
muitos o acompanham, estrada a fora, iguais a inúmeros admiradores de Galileia,
que lhe estimavam os benefícios e as consolações, detestando-lhe as verdades
cristalinas.
Alguns
imitam os beneficiários da Judéia, a levantarem mãos-postas no instante das
vantagens e a fugirem, espavoridos, do sacrifício e do testemunho.
Grande
maioria procede à moda de Pilatos que pergunta solenemente quanto ao que fará
de Jesus e acaba crucificando-o, com despreocupação do dever e da responsabilidade.
Poucos
imitam Simão Pedro que, após a iluminação no Pentecostes, segue-o sem condições
até à morte.
Raros
copiam Paulo de Tarso que se ergue, na estrada do erro, colocando-se a caminho
da redenção, através de impedimentos e pedradas, até ao fim da luta.
Não
basta fazer do Cristo Jesus o benfeitor que cura e protege. É indispensável
transformá-lo em padrão permanente da vida, por exemplo e modelo de cada dia.
Vinha de Luz. Francisco
C. Xavier por Emmanuel
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