“E outros, zombando, diziam: Estão
cheios
de mosto.” - (Atos, 2:13)
A lição colhida pelos
discípulos de Jesus, no Pentecostes, ainda é um símbolo vivo para todos os
aprendizes do Evangelho, diante da multidão.
A revelação da vida
eterna continua em todas as direções.
Aquele “som como de
um vento veemente e impetuoso” e aquelas “línguas de fogo” a que se refere a
descrição apostólica, descem até hoje sobre os continuadores do Cristo, entre
os filhos de todas as nações.
As expressões do
Pentecostes dilatam-se, em todos os países, embora as vibrações antagônicas das
trevas.
Todavia, para
milhares de ouvintes e observadores apenas funcionam alguns raros apóstolos,
encarregados de preservarem a divina luz.
Realmente, são
inumeráveis aqueles que, consciente ou inconscientemente, recebem os benefícios
da celeste revelação; entretanto, não são poucos os zombadores de todos os
tempos, dispostos à irreverência e à ironia, diante da verdade.
Para esses, os leais
seguidores do Mestre estão embriagados e loucos.
Não compreendem a humildade
que se consagra ao bem, a fraternidade que dá sem exigências descabidas e a fé
que confia sempre, não obstante as tempestades.
É indispensável não
estranhar o assédio desses pobres inconscientes, se te dispões, efetivamente, a
servir ao Senhor da Vida. Cercar-te-ão o trabalho, acusando-te de bêbado;
criticar-te-ão as atitudes, chamando-te covarde; escutar-te-ão as palavras de
amor, conservando a ironia na boca. Para eles, a tua abnegação será envilecimento,
a tua renúncia significará incapacidade, a tua fé será interpretada à conta de
loucura.
Não hesites, porém,
no espírito de serviço. Permaneces, como os primeiros apóstolos, nas grandes
praças, onde se acotovelam homens e mulheres, ignorantes e sábios, velhos e
crianças...
Aperfeiçoa tuas
qualidades de recepção, onde estiveres, porque o Senhor te chamou para
intérprete de Sua Voz, ainda que os maus zombem de ti.
Livro: Vinha de Luz. Francisco C.
Xavier por Emmanuel
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