Os sentimentos do homem, nas
suas próprias ideias apaixonadas, se dirigidos para o bem, produziriam sempre,
em consequência, os mais substanciosos frutos para a obra de Deus. Em quase
toda parte, porém, desenvolvem-se ao contrário, impedindo a concretização dos
propósitos divinos, com respeito à redenção das criaturas.
De modo geral, vemos o amor
interpretado tão somente à conta de emoção transitória dos sentidos materiais,
a beneficência produzindo perturbação entre dezenas de pessoas para atender a
três ou quatro doentes, a fé organizando guerras sectárias, o zelo sagrado da
existência criando egoísmo fulminante.
Aqui, o perdão fala de
dificuldades para expressar-se; ali, a humildade pede a admiração dos outros.
Todos os sentimentos que nos
foram conferidos por Deus são sagrados.
Constituem o ouro e a prata de
nossa herança, mas como assevera o apóstolo, deixamos que as dádivas se
enferrujassem, no transcurso do tempo.
Faz-se necessário trabalhemos,
afanosamente, por eliminar a “ferrugem” que nos atacou os tesouros do espírito.
Para isso, é indispensável compreendamos no Evangelho a história da renúncia
perfeita e do perdão sem obstáculos, a fim de que estejamos caminhando,
verdadeiramente, ao encontro do Cristo.
Emmanuel/Chico Xavier
Livro: Caminho, Verdade e Vida
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