A maioria
dos homens não percebe ainda os valores infinitos do tempo.
Existem
efetivamente os que abusam dessa concessão divina. Julgam que a riqueza dos benefícios
lhes é devida por Deus.
Seria
justo, entretanto, interrogá-los quanto ao motivo de semelhante presunção.
Constituindo
a Criação Universal patrimônio comum, é razoável que todos gozem as
possibilidades da vida; contudo, de modo geral, a criatura não medita na
harmonia das circunstâncias que se ajustam na Terra, em favor de seu
aperfeiçoamento espiritual.
É lógico
que todo homem conte com o tempo, mas, se esse tempo estiver sem luz, sem
equilíbrio, sem saúde, sem trabalho?
Não
obstante a oportunidade da indagação, importa considerar que muito raros são
aqueles que valorizam o dia, multiplicando-se em toda parte as fileiras dos que
procuram aniquilá-lo de qualquer forma.
A velha
expressão popular “matar o tempo” reflete a inconsciência vulgar, nesse sentido.
Nos mais
obscuros recantos da Terra, há criaturas exterminando possibilidades sagradas.
No entanto, um dia de paz, harmonia e iluminação, é muito importante para o
concurso humano, na execução das leis divinas.
Os
interesses imediatistas do mundo clamam que o “tempo é dinheiro”, para, em
seguida, recomeçarem todas as obras incompletas na esteira das reencarnações...
Os homens, por isso mesmo, fazem e desfazem, constroem e destroem,
aprendem levianamente e recapitulam com dificuldade, na conquista da
experiência.
Em quase
todos os setores de evolução terrestre, vemos o abuso da oportunidade
complicando os caminhos da vida; entretanto, desde muitos séculos, o apóstolo
nos afirma que o tempo deve ser do Senhor.
Emmanuel/Chico Xavier
Livro: Caminho, Verdade e Vida
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