A
exortação de Jesus aos companheiros reveste-se de singular importância para os
discípulos do Evangelho em todos os tempos.
Indispensável
se torna aprender o caminho do “lugar à parte” em que o Mestre aguarda os
aprendizes para o repouso construtivo em seu amor.
No
precioso símbolo, temos o santuário íntimo do coração sequioso de luz divina.
De modo
algum se referia o Senhor tão somente à soledade dos sítios que favorecem a
meditação, onde sempre encontramos sugestões vivas da natureza humana.
Reportava-se à câmara silenciosa, situada dentro de nós mesmos.
Além
disso, não podemos esquecer que o Espírito sedento de união divina, desde o
momento em que se imerge nas correntes do idealismo superior, passa a sentir-se
desajustado, em profundo insulamento no mundo, embora servindo-o, diariamente,
consoante os indefectíveis desígnios do Alto.
No templo
secreto da alma, o Cristo espera por nós, a fim de revigorarnos as forças
exaustas.
Os homens
iniciaram a procura do “lugar deserto”, recolhendo-se aos mosteiros ou às
paisagens agrestes; todavia, o ensinamento do Salvador não se fixa no mundo
externo.
Prepara-te
para servir ao Reino Divino, na cidade ou no campo, em qualquer estação, e não
procures descanso impensadamente, convicto de que, muita vez, a imobilidade do
corpo é tortura da alma. Antes de tudo, busca descobrir, em ti mesmo, o “lugar
à parte” onde repousarás em companhia do Mestre.
Pão Nosso. Francisco C Xavier por Emmanuel
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