“E, se ali houver algum filho da paz,
repousará
sobre ele a vossa paz; e, se não, ela
voltará
para vós.” - Jesus. (Lucas, 10:6)
Em verdade, há muitos desesperados na vida humana. Mas
quantos se apegam, voluptuosamente, à própria desesperação? quantos revoltados
fogem à luz da paciência? quantos criminosos choram de dor por lhes ser
impossível a consumação de novos delitos? quantos tristes escapam,
voluntariamente, às bênçãos da esperança?
Para que um homem seja filho da paz, é imprescindível
trabalhe intensamente no mundo íntimo, cessando as vozes da inadaptação à
Vontade Divina e evitando as manifestações de desarmonia, perante as leis
eternas.
Todos rogam a paz no Planeta atormentado de horríveis
discórdias, mas raros se fazem dignos dela.
Exigem que a tranquilidade resida no mesmo apartamento
onde mora o ódio gratuito aos vizinhos, reclamam que a esperança tome assento
com a inconformação e rogam à fé lhes aprove a ociosidade, no campo da
necessária preparação espiritual.
Para esmagadora maioria dessas criaturas comodistas a paz
legítima é realização muito distante.
Em todos os setores da vida, a preparação e o mérito devem
anteceder o benefício.
Ninguém atinge o bem-estar em Cristo, sem esforço no bem,
sem disciplina elevada de sentimentos, sem iluminação do raciocínio. Antes da
sublime edificação, poderão registrar os mais belos discursos, vislumbrar as
mais altas perspectivas do plano superior, conviver com os grandes apóstolos da
Causa da Redenção, mas poderão igualmente viver longe da harmonia interior, que
constitui a fonte divina e inesgotável da verdadeira felicidade, porque se o
homem ouve a lição da paz cristã sem o propósito firme de se lhe afeiçoar, é da
própria recomendação do Senhor que esse bem celestial volte ao núcleo de origem
como intransferível conquista de cada um.
Livro:
Vinha de Luz. Francisco C. Xavier por Emmanuel
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