quinta-feira, 7 de outubro de 2021

POR AMOR


"Cegou-lhes os olhos e endureceu-lhes o

coração, a fim de que não vejam

com os olhos ecompreendam no

coração e se convertam e eu os cure."
João, 12:40

 

    Os planos mais humildes da Natureza revelam a Providência Divina, em soberana expressão de desvelo e amor. 
    Os lírios não tecem, as aves não guardam provisões e misteriosa força fornece-lhes o necessário. 
    A observação sobre a vida dos animais demonstra os extremos de ternura com que o Pai vela pela Criação desde o princípio: aqui, uma asa; acolá, um dente a mais; ali, desconhecido poder de defesa. 
    Afirma-se a grande revelação de amor em tudo. 
    No entanto, quando o Pai convoca os filhos à cooperação nas suas obras, eis que muita vez se salientam os ingratos, que convertem os favores recebidos, não em deveres nobres e construtivos, mas em novas exigências: então, faz-se preciso que o coração se lhes endureça cada vez mais, porque, fora do equilíbrio, encontrarão o sofrimento na restauração indispensável das leis externas desse mesmo amor divino. Quando nada enxergam além dos aspectos materiais da paisagem transitória, sobrevem, inopinadamente, a luta depuradora. 
    É quando Jesus chega e opera a cura. 
    Só então torna o ingrato à compreensão da Magnanimidade Divina. 
    O amor equilibra, a dor restaura. É por isso que ouvimos muitas vezes: "Nunca teria acreditado em Deus se não houvesse sofrido." 

  

Francisco Cândido Xavier por Emmanuel.

In: Caminho, Verdade e Vida)

 

 

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