domingo, 10 de outubro de 2021

DESCULPISMO


“E todos a uma vez começaram a escusar-se.

Disse lhe o primeiro: comprei um campo

e importa ir vê-lo; rogo-te que haja escusado.”

Jesus – ( LUCAS, 14:18)

 

Desculpismo sempre foi a porta de escape dos que abandonam as próprias obrigações.

Irmãos nossos que tiveram a infelicidade de escorregar na delinquência costumam justificar-se com vigoroso poder de persuasão, mas isso não lhes exonera a consciência do resgate preciso.

Companheiros que arruínam o corpo em hábitos viciosos arquitetam largo sistema de escusas, tentando legitimar as atitudes infelizes que adotam, comovendo a quem os ouve, entretanto, acabam suportando em si mesmos as consequências das responsabilidades a que se afeiçoam.

E, ainda agora, quando a Doutrina Espírita revive o Evangelho, concitando os homens à construção do bem na Terra, surgem às pencas desculpas disfarçando deserções:

- Estou muito jovem ainda...

- Sou velho demais...

- Assumi compromissos de monta e não posso atender...

- Minhas atribulações são enormes...

- Obrigações de família estão crescendo...

- Os negócios não me permitem qualquer atividade espiritual...

- Empenhei-me a débitos que me afligem...

- Os filhos tomam tempo...

- Problemas são muitos...

Tantas são as evasivas e tão veementes aparecem que os ouvintes mais argutos terminam convencidos de que se encontram à frente de grande sofredores ou de criaturas francamente incapazes, passando até mesmo a sustentá-los na fuga.

Os convidados para a lavoura de luz, no entanto, engodados por si próprios, acordam para a verdade no momento oportuno e, atados às ruinosas consequências da própria leviandade, não encontram outra providência restauradora senão a de esperarem por outras reencarnações.

 

(Francisco Cândido Xavier por Emmanuel. In: Palavras de Vida Eterna)

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