“Se
suportais a correção, Deus vos trata como
a filhos;
pois que filho há a quem o pai não
corrija?”
Paulo (Hebreus, 12:7)
Bem aventurado o espírito que compreende a correção do Senhor e aceita-a
sem relutar.
Raras, todavia, são as criaturas que conseguem entendê-la e suportá-la.
Por vezes, a repreensão generosa do Alto – símbolo de desvelado amor –
atinge o campo do homem, traduzindo advertência sagrada e silenciosa, mas, na
maioria das ocasiões, a mente encarnada repele o aguilhão salvador, mergulha
dentro da noite da rebeldia, elimina possibilidades preciosas e qualifica de
infortúnio insuportável a influência renovadora, destinada a clarear-lhe o
escuro e triste caminho.
Muita gente, em face do fenômeno regenerativo, apela para a fuga espetacular
da situação difícil e entrega-se, inerme, ao suicídio lento, abandonando-se à
indiferença integral pelo próprio destino.
Quem assim procede não pode ser tratado por filho, porquanto isolou a si
mesmo, afastou-se da Providência Divina e ergueu compactas paredes de sombra
entre o próprio coração e as Bênçãos Paternas.
Aqueles que compreendem as correções do Todo Misericordioso reajustam-se
em círculo de vida nova e promissora.
Vencida a tempestade íntima, revalorizam as oportunidades de aprender,
servir e construir e, fundamentados nas amargas experiências de ontem, aplicam
as graças da vida superior, com vistas ao amanhã.
Não te esqueças de que o mal não pode oferecer retificações a ninguém.
Quando a correção do Senhor alcançar-te o caminho, aceita-a, humildemente,
convicto de que constitui verdadeira mensagem do Céu.

Emmanuel/Chico
Xavier
Livro: Pão Nosso
Livro: Pão Nosso
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