“Paz seja convosco; assim como o
Pai me enviou,
também eu vos envio a vós”.– Jesus.
(João, 20:21)
“Ide, pois, e levai a palavra
divina: aos grandes que a desprezarão,
aos eruditos que exigirão provas, aos pequenos e simples
que
a aceitarão; porque principalmente entre os mártires do
trabalho
nas provações terrenas, encontrareis fervor e fé. Ide;
esses
receberão com hinos de gratidão e louvores a Deus, a
santo consolação
que lhes levareis, e baixarão a fronte, rendendo-lhe
graças pelas
aflições que a Terra lhes destina”.
(ESE, Cap. 20.4)
Todos nós, em Doutrina Espírita, desaprovamos qualquer inclinação ao
exclusivismo e à intransigência.
Nenhuma religião existe órfã da Providência Divina.
Nenhuma parcela da verdade reponta na Terra, endereçada ao desapreço.
Por outro lado, não ignoramos que a transmissão dos nossos princípios começa na
reforma individual.
Chamados, porém, a colaborar na seara da Nova Revelação, é necessário consagrar
o melhor de nós mesmos à ideia espírita, de modo a prestigiá-la e
desenvolvê-la.
Nada fácil adquirir escritórios e rotativas da grande
imprensa, mas todos, sem exceção, dispomos de meios, ainda que modestos, a fim
de apoiar essa ou aquela folha doutrinária que a divulgue.
Muito difícil senhorear integralmente as atividades de emissora moderna,
contudo, ninguém aparece tão desvalido que não possa ofertar pequeno esforço
para que ela seja mantida em minutos breves pela onda radiofônica ou pelos
canais da televisão.
Nem sempre manejaremos a tribuna coroada pela retórica perfeitamente unida à
gramática, no entanto, a humildade é acessível a todos, a fim de que a frase
sincera consiga expô-la com franqueza e carinho, edificando a quem ouve.
Muito raramente, lograremos organizar editoras para o lançamento de obras em
massa, todavia, nenhum de nós está impedido de oferecer um livro que a contenha
para consolo e esclarecimento a quem lê.
Em toda parte, surge o impositivo da ideia espírita: na interpretação religiosa
para que a fé não se converta em fanatismo; nos estudos filosóficos, para que a
exposição verbal não seja discurso infrutífero; nas realizações científicas,
para que a experimentação não se faça loucura; nas empresas da arte, para que o
sentimento não se deprecie no vício.
O mundo tem sede de raciocínio, em torno da imortalidade da alma, do
intercâmbio espiritual, da reencarnação, da morte física, dos valores
mediúnicos, da desobsessão, das incógnitas da mente, dos enigmas da dor e,
sobretudo, ao redor das Leis Divinas a funcionarem, exatas, na consciência de
cada um.
Para que obtenhamos solução a semelhantes problemas, urge saibamos trabalhar
pela difusão da ideia espírita, na construção da Era Nova, irradiando a com
todos os recursos lícitos ao nosso alcance, com base no veículo do exemplo.
Emmanuel
Livro da Esperança
Francisco Cândido Xavier
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