“Eu o sou,
eu que falo contigo.”
(João:
capítulo 4º, versículo 26)
Fascinam-se ante a aduana colorida da ilusão.
Atravessam o pórtico dos sonhos em ansiosa busca de cousa nenhuma.
Preferem o ácido lisérgico da fantasia, a maconha embriagadora do
romantismo absurdo, o estupefaciente da irrealidade...
Transladam-se de uma esfera nebulosa de dor para uma irreal jornada do
planeta do gozo transitório donde retornam mais consumidos e mais
desgastados...
As incursões ao reino mirabolante da vacuidade redundam em francos
desaires e irreversíveis malogros íntimos.
Inutilmente alguém conseguiria evadir-se de si mesmo, porqüanto onde
quer que se encontre o homem aí estarão os seus problemas afligindo.
É inegável que as viagens de recreio, o teatro e o cinema, os desportos
e as experiências de ligeiros ócios proporcionam renovação, alegria. Isto,
porém, quando funcionam como medicamento restaurador de forças, complementação
que chega após tarefas cumpridas, executadas.
Sem embargo seja mui difícil catalogar as linhas definitivas da
realidade — no mundo em que estão soberanas as conquistas do conhecimento sobre
as leis físicas vigentes — todos sabemos que a vida terrena obedece a superior
planificação para enobrecedora finalidade. Assim, angústia moral ou limitação
física, enfermidades orgânicas ou distonias emocionais, significam, não raro,
tratamento reparador a que são submetidos os espíritos calcetas pelo impositivo
reencarnatório da evolução.
O pântano padece imundície até o instante em que experimenta ser drenado
e o solo crestado permanece árido até o momento da irrigação e da adubagem...
Retira a venda dos olhos e despedaça as lentes escuras que te impedem
fixar as claridades reais da vida, promovendo o teu programa de ação eficiente
onde te encontras, como te encontras. nada de ilusões.
Haja o que haja, nos fugazes transes do sonho, de nada te valerão esses
êxtases, pois logo tornarás à realidade do caminho, do qual somente a esforço
de renovação e aprimoramento íntimo te libertarás para sintonizar com outra
realidade, além das sombras e longe das agonias de hoje.
Assim, tranqüilo, afirmou Jesus à samaritana iludida, que se refugiava
nas sombras das fugas: “Eu o sou, eu que te falo “, convocando-a à realidade da
Era que ele iniciava.
Convites da Vida
Divaldo
P. Franco por Joanna de Ângelis
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