“Não desprezes o dom que
há em ti” - Paulo. (I Timóteo, 4:14.)
Em todos os setores de reorganização da fé cristã, nos quadros
do Espiritismo contemporâneo, há sempre companheiros dominados por nocivas
inquietações.
O problema da mediunidade, principalmente, é dos mais
ventilados, esquecendo-se, não raro, o impositivo essencial do serviço.
Aquisições psíquicas não constituem realizações mecânicas.
É indispensável aplicar nobremente as bênçãos já recebidas, a
fim de que possamos solicitar concessões novas.
Em toda parte, há insopitável ansiedade por recolher dons do
Céu, sem nenhuma disposição sincera de espalhá-los, a benefício de todos, em
nome do Divino Doador. Entretanto, o campo de lutas e experiências terrestres é
a obra extensa do Cristo, dentro da qual a cada trabalhador se impõe certa
particularidade de serviço.
Diariamente, haverá mais farta distribuição de luz espiritual em
favor de quantos se utilizam da luz que já lhes foi concedida, no
engrandecimento e na paz da comunidade.
Não é razoável, porém, conferir instrumentos novos a mãos
ociosas, que entregam enxadas à ferrugem.
Recorda, pois, meu amigo, que podes ser o intermediário do
Mestre, em qualquer parte.
Basta que compreendas a obrigação fundamental, no trabalho do
bem, e atendas à Vontade do Senhor, agindo, incessantemente, na concretização
dos Celestes Desígnios.
Não te aflijas, portanto, se ainda não recebeste a credencial
para o intercâmbio direto com o plano invisível, sob o ponto de vista
fenomênico. Se suspiras pela comunicação franca com os espíritos desencarnados,
lembra-te de que também és um espírito imortal, temporariamente na Terra, com o
dever de aplicar o sublime dom de servir que há em ti mesmo.
Livro: Vinha de Luz.
Francisco C. Xavier por Emmanuel
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