“Pois
nós somos um santuário do Deus
vivo.”
Paulo (II Coríntios, 6:16)
O esforço individual estabelece a necessária diferenciação entre
as criaturas, mas a distribuição das oportunidades divinas é sempre a mesma
para todos.
Indiscriminadamente, todas as pessoas recebem possibilidades
idênticas de crescimento mental e elevação ao campo superior da vida.
Todos somos, pois, consoante a sentença de Paulo, santuários do
Deus vivo.
Apesar disso, inúmeras pessoas se declaram afastadas da luz
eterna, deserdadas da fé. Enquanto dispõem da saúde e do tesouro das
possibilidades humanas, fazem anedotário leve e irônico. Ao apagar das luzes
terrestres, porém, inabilitados à movimentação no campo da fantasia,
revoltam-se contra a Divindade e precipitam-se em abismo de desespero. São
companheiros invigilantes que ocuparam o santuário do espírito com material
inadequado.
Absorvidos pelas preocupações imediatistas da esfera inferior,
transformaram esperanças em ambições criminosas, expressões de confiança em
fanatismo cego, aspirações do Alto em interesses da zona mais baixa.
Debalde se faz ouvir a palavra delicada e pura do Senhor, no
santuário interno, quando a criatura, obcecada pelas ilusões do plano físico,
perde a faculdade de escutar. Entre os seus ouvidos e a sublime advertência,
erguem-se fronteiras espessas de egoísmo cristalizado e de viciosa aflição. E,
pouco a pouco, o filho de Deus encarnado na Terra, de rico de ideais humanos e
realizações transitórias, passa à condição de mendigo de luz e paz, na velhice
e na morte...
O Senhor continua ensinando e amando, orientando e dirigindo,
mas, porque a surdez prossegue sempre, chegam a seu tempo as bombas renovadoras
do sofrimento, convidando a mente desviada e obscura à descoberta dos valores
que lhe são próprios, reintegrando-a no santuário de si mesma para o
reencontro sublime com a Divindade....
Vinha de Luz. Francisco
C. Xavier por Emmanuel
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