quinta-feira, 31 de agosto de 2017

CORPO E ALMA




       Atentos ao imperativo da elevação espiritual, convém destacar tanto as necessidades do corpo, quanto as da alma...
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       Procuras odontólogos distintos para o tratamento dentário.
       Urge ao mesmo tempo, aprimorar a palavra, a fim de que o verbo não se nos faça azorrague na boca.
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       Consultas oculistas e otorrinos diversos para retificar os desequilíbrios dos olhos e dos ouvidos.
       Nas mesmas condições é forçoso aprender a ouvir e ver construtivamente para que o mal não nos destrua as plantações de concórdia e esperança.
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       Buscas o ortopedista para socorro aos pés quando desajustados.
       Imperioso igualmente orientar os próprios passos na direção do bem.
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       Solicitas amparo ao cardiologista para sanar desacertos do campo circulatório.
       De igual modo é preciso sublimar os impulsos do coração.
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       Contratas os serviço especializado de costureiras e alfaiates para que te assegurem a apresentação pessoal no nível adequado à distinção e à limpeza.
       Necessário da mesma sorte, que venhamos a aperfeiçoar expressões e maneiras no trato com os outros.
       O zelo devido às situações e aparências do corpo é igualmente aplicável aos empeços e problemas da alma se nos propomos construir a própria felicidade.
       Compreendamos que liquidar manifestações de cólera ou rudeza, crueldade ou impertinência será sempre trabalho de controle e de educação.


Francisco Cândido Xavier por Emmanuel. In: Coragem

quarta-feira, 30 de agosto de 2017

AMOR À VIDA





 Ama a vida conforme se te apresentem os programas existenciais.

O campo, enriquecido de grãos, foi trabalhado arduamente.

A fonte cantante e abençoada venceu lama e pedra para fluir cristalina.

Não apagues a chama da alegria, antes que se consuma o combustível do amor.

Valorizando cada aprendizagem, no quotidiano, preparar-te-ás para futuros cometimentos.

Cada experiência merece respeito. As positivas devem oferecer substância para que sejam repetidas, e as outras, as dolorosas, merecem examinadas nas suas causas, a fim de que não necessitem retornar.

Considera a dor como dádiva de salutar efeito para o teu progresso espiritual.

Ela é o meirinho austero que te induz à realização edificante.

Insiste no bem, mesmo quando tudo te pareça sombrio e desesperador, em conspiração odienta contra os teus propósitos de elevação.

Sem a custódia da sua mensagem, a vida ser-te-á um fardo impossível de levado adiante.

Informas que há dias em que todas as coisas parecem somar-se para afligir-te mais.

Não recues, porém, nos propósitos superiores, quando tal suceder.

Ninguém consegue avançar no processo educativo da evolução, em regime de exceção injusta.

Quando a dor te acena, é um chamado para a meditação.

Quando se te instala no coração ou na mente, é um contributo para teu crescimento e resgate.

Sob quaisquer ocorrências, ama a vida e aprende a técnica de ser feliz.

Desgraça real é o desconhecimento dos objetivos superiores da existência sem a chama luminosa do amor como bênção e a imperiosa necessidade de seguir, arrastado pelas circunstâncias penosas.

Inclina-te diante da necessidade de ressarcir os débitos e inflama-te de alegria pela graça de sofrer para libertar-te e morrer para ressurgir dos escombros carnais em corpos de luz.
 


Joanna de Ângelis/Divaldo Pereira Franco

terça-feira, 29 de agosto de 2017

PERANTE A MULTIDÃO





“E outros, zombando, diziam: Estão cheios
de mosto.” - (Atos, 2:13)


A lição colhida pelos discípulos de Jesus, no Pentecostes, ainda é um símbolo vivo para todos os aprendizes do Evangelho, diante da multidão.

A revelação da vida eterna continua em todas as direções.

Aquele “som como de um vento veemente e impetuoso” e aquelas “línguas de fogo” a que se refere a descrição apostólica, descem até hoje sobre os continuadores do Cristo, entre os filhos de todas as nações.

As expressões do Pentecostes dilatam-se, em todos os países, embora as vibrações antagônicas das trevas.

Todavia, para milhares de ouvintes e observadores apenas funcionam alguns raros apóstolos, encarregados de preservarem a divina luz.

Realmente, são inumeráveis aqueles que, consciente ou inconscientemente, recebem os benefícios da celeste revelação; entretanto, não são poucos os zombadores de todos os tempos, dispostos à irreverência e à ironia, diante da verdade.

Para esses, os leais seguidores do Mestre estão embriagados e loucos.

Não compreendem a humildade que se consagra ao bem, a fraternidade que dá sem exigências descabidas e a fé que confia sempre, não obstante as tempestades.

É indispensável não estranhar o assédio desses pobres inconscientes, se te dispões, efetivamente, a servir ao Senhor da Vida. Cercar-te-ão o trabalho, acusando-te de bêbado; criticar-te-ão as atitudes, chamando-te covarde; escutar-te-ão as palavras de amor, conservando a ironia na boca. Para eles, a tua abnegação será envilecimento, a tua renúncia significará incapacidade, a tua fé será interpretada à conta de loucura.

Não hesites, porém, no espírito de serviço. Permaneces, como os primeiros apóstolos, nas grandes praças, onde se acotovelam homens e mulheres, ignorantes e sábios, velhos e crianças...

Aperfeiçoa tuas qualidades de recepção, onde estiveres, porque o Senhor te chamou para intérprete de Sua Voz, ainda que os maus zombem de ti.



Livro: Vinha de Luz. Francisco C. Xavier por Emmanuel

segunda-feira, 28 de agosto de 2017

OUVISTES?





“Tenho-vos dito estas coisas, para
que vos não escandalizeis.”
– Jesus. (João, 16:1)


Antes de retornar às Esferas Resplandecentes, o Mestre Divino não nos deixou ao desamparo, quanto às advertências no trabalho a fazer.

Quando o espírito amadurecido na compreensão da obra redentora se entrega ao campo de serviço evangélico, não prescinde das informações prévias do Senhor.

É indispensável ouvi-las para que se não escandalize no quadro das obrigações comuns.

Esclareceu-nos a palavra do Mestre que, enquanto perdurasse a dominação da ignorância no mundo, os legítimos cultivadores dos princípios da renovação espiritual, por Ele trazidos, não seriam observados com simpatia. Seriam perseguidos sem tréguas pelas forças da sombra. Compareceriam a tribunais condenatórios para se inteirarem das falsas acusações dos que se encontram ainda incapacitados de maior entendimento. Suportariam remoques de familiares, estranhos à iluminação interior. Sofreriam a expulsão dos templos organizados pela pragmática das seitas literalistas. Escutariam libelos gratuitos das inteligências votadas ao escárnio das verdades divinas. Viveriam ao modo de ovelhas pacíficas entre lobos famulentos. Sustentariam guerra incessante contra o mal. Cairiam em ciladas torpes. Contemplariam o crescimento do joio ao lado do trigo. Identificariam o progresso efêmero dos ímpios. Carregariam consigo as marcas da cruz. Experimentariam a incompreensão de muitos. Sentiriam solidão nas horas graves. Veriam, de perto, a calúnia, a pedrada, a ingratidão...

O Mestre Divino, pois, não deixou os companheiros e continuadores desavisados.

Não oferecia a nenhum aprendiz, na Terra, a coroa de rosas sem espinhos. Prometeu-lhes luta edificante, trabalho educativo, situações retificadoras, ensejos de iluminação, através da grandeza do sacrifício que produz elevação e do espírito de serviço que estabelece luz e paz.

É importante, desse modo, para quantos amadureceram os raciocínios na luta terrestre, a viva recordação das advertências do Cristo, no setor da edificação evangélica, para que se não escandalizem nos testemunhos difíceis do plano individual.



Vinha de Luz. Francisco C Xavier por Emmanuel

NAS PALAVRAS

“Irmãos, não vos queixeis uns dos outros, para não serdes julgados...” (TIAGO, 5:9)   Mergulhar o divino dom da palavra no v...