“Salva-te a ti mesmo e
desce da cruz.”
(MARCOS, 15:30.)
Se te encontras realmente
empenhado na execução do bem, ouvirás, decerto, as provocações do mal em todos
os instantes de testemunho.
- “Se, em verdade, vives
à procura do Cristo, por que choras sob o fardo das provações?”
-“De que te serve a fé
para o caminho de tanta dor?”
- “Se és médium com
tarefa na caridade, onde estão os Espíritos protetores que te não aliviam as
amarguras?”
- “Se guardas confiança
em Jesus, mostra-te livre dos obstáculos...”
- “Se louvas o
Espiritismo como Doutrina de luz, por que te demoras na sombra das aflições?”
Registrarás interrogações
como essas a cada passo.
É necessário te reveres à
altura do conhecimento superior com que a Bondade Divina te favorece,
demonstrando que os princípios sublimes de tua fé não se movimentam na direção
do conforto imediatista da carne, mas sim no rumo do burilamento espiritual, pelos
tempos afora.
Ensinarás com o teu
exemplo que o Evangelho não é oficina de vantagens na experiência material, mas
sim templo de trabalho redentor para que venhamos a consertar nós mesmos,
diante da Vida Eterna.
Farás da mediunidade
instrumento para a lavoura do bem, ainda mesmo te custe imensuráveis sacrifícios,
ajudando aos outros sem cogitar de auxílio a ti mesmo, como quem sabe que a Lei
do Amor é o sustentáculo do Universo, providenciando socorro natural a quem se
consagra ao socorro dos semelhantes.
Converterás o
Espiritismo, na tua senda, em força educativa da alma, sem exigir que o mundo
se te afeiçoe às conveniências.
Buscarás a luz onde a luz
se encontre.
Desculparás toda ofensa.
Elegerás na fraternidade
a tua bandeira.
Conjugarás o verbo servir
onde estiveres.
Começarás o trabalho de
redenção em ti mesmo.
Orarás por quem te fira
ou calunie.
Amarás os próprios
adversários.
Ajudarás sem exigência.
Contudo, para o exercício
de semelhante apostolado, não passarás sobre a Terra sem o assédio da
incompreensão e do escárnio, porque o próprio Cristo foi por eles visado,
através daqueles que, em lhe rodeando o madeiro de sacrifício, lhe gritavam,
zombeteiros e irônicos:
- “Salva-te a ti mesmo e
desce da cruz”.
Francisco Cândido Xavier
por Emmanuel.
In: Palavras de Vida
Eterna
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