Você censura o dinheiro, como se ele fosse obstáculo
intransponível às conquistas imperecíveis do Espírito.
É certo que a fortuna material semeia perigos inúmeros no
caminho, mas urge considerar que, de forma semelhante ao poder e à
inteligência, a riqueza é valorosa aliada da fraternidade e da paz, da justiça
e do progresso, quando:
suaviza os padecimentos de quantos choram na penúria;
atenua a aflição dos que cambaleiam de fome;
converte-se em vestuário aos que caminham desnudos;
torna-se o remédio abençoado aos que se debatem na dor;
transforma-se em apoio aos que suportam amargas provações;
ergue-se em escolas e hospitais, iluminando e amparando;
acionado por mãos operosas no trabalho correto, concretiza-se em
vigorosa alavanca do bem comum.
*
Observe, pois, que o dinheiro é apenas instrumento do homem,
como o homem é instrumento da própria vontade.
Nesse sentido, não é diferente de uma simples lanterna que, dependendo
de quem a usa, tanto pode enobrecer a vida, quanto espalhar o sofrimento.
De
“Decisão”, de Antônio Baduy Filho, pelo Espírito André Luiz
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