quarta-feira, 25 de maio de 2016

ACEITEMOS A DOR





          Aceitemos realmente a dor na condição de apoio celeste com que a Divina Providência nos enriquece o caminho.
          Toda a natureza para ajudar a experiência do homem, alimentando-o e amparando-o, padece constantes dilacerações.
          Para transformar-se em sementeira proveitosa, morre o grão aquecido no solo.
          Para converter-se a espiga em farinha, humilha-se, asfixiada, sob a mó que a tritura.
          Para dar-se em pão abençoado á mesa, submete-se a farinha à elevada tensão no forno.
          Para servir no levantamento do edifício, sofre a pedra a pressão do martelo.
          Para oferecer-se em beleza e brilho, obedece o seixo bruto ao buril que aprimora.
          Para responder às necessidades do conforto, desce o tronco aos insultos da lâmina.
          Para contribuir no progresso, encontra o metal as injúrias do fogo.
          A responsabilidade na oficina do caráter é a luz que engrandece todo o espírito que lhe atente a obrigação.
          Não lamentes a dificuldade e nem amaldiçoes o sofrimento que porventura te busquem.
          Não temas a dor, na escola da vida, e recolhe, em silêncio, as bênçãos de que se faz emissária.
          Não te enganes com as aparências.
          Quando te vejas no usufruto dessa ou daquela promoção, atento às circunstâncias do mundo, às imposições em que a existência se te condiciona, escolhe a senda da abnegação, em auxílio aos outros, porque o Senhor nos ensinou, em espírito e verdade, que somente a preço do esforço máximo pela vitória do bem com o esquecimento de todo o egoísmo, é que escalaremos o monte da paz com a nossa própria renovação.


Francisco Cândido Xavier por Emmanuel. In: Nascer e Renascer

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