quarta-feira, 18 de novembro de 2015

PARA O ALVO


                                                                                                                                
                                                                                                                                  
"Prossigo para o alvo" - Paulo
(Filipenses, 3:14.)

 
         Quando Paulo escreveu aos Filipenses, já possuía vasta experiência de apostolado.
Doutor da Lei em  Jerusalém, abandonara as vaidades de raça e de família, rendendo-se ao Mestre em santificadora humildade.
Após dominar pela força física, pela cultura intelectual e pela inteligência nobre, voltou-se para o tear obscuro, conquistando o próprio sustento com o suor diário. Ingressando nos espinhosos testemunhos para servir ao próximo, por amor a Jesus, recebeu a ironia e o desamparo de familiares, a desconfiança e o insulto de velhos amigos, os açoites da maldade e as pedradas da incompreensão.
O convertido de Damasco, no entanto, jamais desanimou, prosseguindo, invariavelmente, para o alvo, que, ainda e sempre, é a união divina do discípulo com o Mestre.
Quantos aprendizes estarão, atualmente, dispostos ao grande exemplo?
Espalham-se, em vão, os convites ao sublime banquete, debalde envia Jesus mensageiros aos estudantes novos, revelando a excelência da vida superior. A maioria deles, contudo, abrange operários fugitivos, plenamente distraídos da realização... Perdem de vista a obra por fazer, desinteressam-se das lições necessárias e esquecem as finalidades da permanência na Terra. Comumente, nos primeiros obstáculos mais fortes da marcha, nas corrigendas iniciais do serviço, põem-se em lágrimas de desespero, acabrunhados e tristes. Declaram-se, incompreensivelmente, desalentados, vencidos, sem esperança...
A explicação é simples, todavia. Perderam o rumo para o Cristo, seduzidos por espetáculos fugazes, nas numerosas estações da jornada espiritual, e, por esquecerem o alvo sublime, chega de modo inevitável o instante em que, cessados os motivos da transitória fascinação, se sentem angustiados, como viajores sedentos nos áridos desertos da vida humana.



Francisco Cândido Xavier por Emmanuel. In: Vinha de Luz

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