"Prossigo
para o alvo" - Paulo
(Filipenses, 3:14.)
(Filipenses, 3:14.)
Quando Paulo escreveu aos
Filipenses, já possuía vasta experiência de apostolado.
Doutor da Lei em Jerusalém, abandonara as vaidades de raça e de
família, rendendo-se ao Mestre em santificadora humildade.
Após dominar pela força física, pela cultura intelectual e pela
inteligência nobre, voltou-se para o tear obscuro, conquistando o próprio
sustento com o suor diário. Ingressando nos espinhosos testemunhos para servir
ao próximo, por amor a Jesus, recebeu a ironia e o desamparo de familiares, a
desconfiança e o insulto de velhos amigos, os açoites da maldade e as pedradas
da incompreensão.
O convertido de Damasco, no entanto, jamais desanimou, prosseguindo,
invariavelmente, para o alvo, que, ainda e sempre, é a união divina do
discípulo com o Mestre.
Quantos aprendizes estarão, atualmente, dispostos ao grande exemplo?
Espalham-se, em vão, os convites ao sublime banquete, debalde envia
Jesus mensageiros aos estudantes novos, revelando a excelência da vida
superior. A maioria deles, contudo, abrange operários fugitivos, plenamente
distraídos da realização... Perdem de vista a obra por fazer, desinteressam-se
das lições necessárias e esquecem as finalidades da permanência na Terra.
Comumente, nos primeiros obstáculos mais fortes da marcha, nas corrigendas
iniciais do serviço, põem-se em lágrimas de desespero, acabrunhados e tristes.
Declaram-se, incompreensivelmente, desalentados, vencidos, sem esperança...
A explicação é simples, todavia. Perderam o rumo para o Cristo,
seduzidos por espetáculos fugazes, nas numerosas estações da jornada
espiritual, e, por esquecerem o alvo sublime, chega de modo inevitável o
instante em que, cessados os motivos da transitória fascinação, se sentem
angustiados, como viajores sedentos nos áridos desertos da vida humana.
Francisco Cândido Xavier por Emmanuel. In: Vinha de Luz
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