O pessimismo é uma espécie de taxa pesada e desnecessária sobre
o zelo que a responsabilidade nos impõe, induzindo-nos à aflição inútil.
Atenção, sim.
Derrotismo, não.
Para que nos livremos de semelhante flagelo, no campo íntimo, é
aconselhável desligar o pensamento, muitas vezes, colado a detalhes ainda
sombrios da estrada evolutiva.
Para que sustente desperto o entendimento, quanto à essa
verdade, recordemos as bênçãos que excedem largamente às nossas pequenas e
transitórias dificuldades.
É inegável que o materialismo passou a dominar muita gente,
perante o avanço tecnológico da atualidade terrestre: contudo existem
admiráveis multidões de criaturas, em cujos corações a fé se irradia por facho
resplendente, iluminando a construção do mundo novo.
As enfermidades ainda apresentam quadros tristes nos
agrupamentos humanos; no entanto, é justo considerar que a ciência já liquidou
várias moléstias, dantes julgadas irreversíveis, anulando-lhes o perigo com a
imunização e com as providências adequadas.
Destacam-se muitos empreiteiros da guerra, tumultuando
coletividades; todavia, os obreiros da paz se movimentam em todas as direções.
Muitos lares se desorganizam; mas outros muitos se sustentam
consolidados no equilíbrio e na educação, mantendo a segurança entre os homens.
Grande número de mulheres se ausentam da maternidade;
entretanto, legiões de irmãs abnegadas se revelam fiéis ao mais elevado
trabalho feminino no Planeta, guardando-se na condição de mães admiráveis no
devotamento ao grupo doméstico.
Os processos de violência aumentam, quase que em toda parte;
ampliam-se, porém, as frentes de amor ao próximo que os extinguem.
Anotando as tribulações que se desdobram no Plano Físico, não
digas que o mundo está perdido.
Enumera as bênçãos de Deus que enxameiam, em torno de ti.
E se atravessas regiões de trevas, que se te afiguram túneis de
sofrimento e desolação, nos quais centenas ou milhares de pessoas perderam a
noção da luz, é natural que não consigas transformar-te num sol que flameje no
caminho para todos, mas podes claramente acender um fósforo de esperança.
EMMANUEL - Do livro
"Atenção", Francisco C. Xavier
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