Estudos
e dissertações em torno da substância
religiosa
de “O Céu e o Inferno”,
de
Allan Kardec — 1ª. Parte, Cap. V, Item 4.
É como se retivesses milenárias esperanças, procurando explodir,
e, por essa razão, sofres a impossibilidade transitória de alcançar o ideal a
que te propões.
Queres realizar os melhores sonhos, aspiras ao estudo edificante
do Universo, anseias atingir as culminâncias da Ciência e da Arte,
atormentas-te pela aquisição da felicidade e choras pela integração da própria
alma no amor supremo...
Entretanto, quase sempre tens ainda o coração preso à dívida, à
feição do diamante engastado ao seixo.
Há problemas que solicitam toda uma existência de renúncia constante,
para que o fio do destino se alimpe e desembarace.
À vista isso, não desertes da prova que te segrega,
temporariamente, na grande tribulação.
O lar pejado de sacrifícios, a família consanguínea a
configurar-se por forja ardente, a viuvez expressando exílio, a obrigação qual
golilha atada ao pescoço, o compromisso em forma de algema e a moléstia
semelhando espinho na própria carne constituem liquidações de longo prazo ou
ajuste de contas a prestações, para que a liberdade nos felicite.
Resgata, pois, sem revolta, o próprio caminho.
Enquanto há inquietação na consciência, há resto a pagar.
Agradece, assim, as dificuldades e as dores que te rodeiam.
Cada existência, no plano físico, pode ser um passo adiante, que
te projete na vanguarda de luz.
Misericórdia na Justiça Divina, consolações inefáveis, braços
amigos, diretrizes renovadoras e auxílio constante não te faltam, em tempo
algum; contudo, está em ti mesmo aceitar, adiar, reduzir, facilitar ou agravar
o preço da tua libertação.
De “Justiça Divina”, de Francisco
Cândido Xavier, pelo Espírito Emmanuel
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