Dei-te
um berço de rendas e de flores,
Adorei-te
por nume excelso e amigo
E
inclinei-te, meu filho, a ser comigo
Soberano
de sonhos tentadores.
Ordenava
no orgulho que maldigo:
—
“Não te curves nem sirvas, aonde fores...”
Entreguei-te
mentiras por louvores
E
enganosa fortuna por abrigo.
Hoje,
de alma surpresa, torno à casa!
Tremo
ao ver-te no luxo que te arrasa,
Como
quem dorme em trágico veneno!
E
choro, filho meu, choro vencida,
Por
guardar-te entre os grandes toda a vida,
Sem
jamais ensinar-te a ser pequeno.
Andradina de Oliveira
(De “Luz no Lar”, de Francisco Cândido Xavier
– Diversos Espíritos)
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