Face à vulgarização das falsas necessidades sexuais, aturdes-te, perdendo o rumo do comportamento.
Apelos vis se apresentam nos veículos de comunicação de massa, e os comentários
descem a expressões chulas, regadas de baixezas, fazendo do sexo um instrumento
de servilismo que o leva à situação mais grotesca do que a animal, de onde
procede.
Até certo modo, é compreensível a moderna reação cultural, a esse respeito,
como consequência aos séculos de ignorância e proibição. Todavia,
substituir-lhe a função precípua pela malversação danosa, é lamentável para o
próprio homem.
O sexo é para a vida, e não está para aquele.
*
Diante das atitudes insensatas e as conotações servis a que está levada a
função genésica, dirige-a, tu, com equilíbrio, a fim de que o seu desregramento
não te conduza à alucinação.
O sexo foi colocado abaixo do cérebro para ser por este conduzido.
Posto na cabeça pela revolução dos frustrados, ei-lo transformado em peça
principal do corpo, em detrimento da própria vida.
Conduze-o com equilíbrio, a fim de que não derrapes na sofreguidão que
enlouquece, sem resolver o problema.
De
“Episódios diários”, de Divaldo Pereira Franco
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