sexta-feira, 29 de novembro de 2024

ORAÇÃO E COOPERAÇÃO


“Quando quiserdes orar, entrai para o vosso quarto e,
cerrada a porta, orai a vosso Pai em secreto;
e vosso Pai que vê o que se passa em
secreto vos recompensará”. – Jesus. (MATEUS, 6:6)

Se a resposta que esperamos à oração parece tardia, habitualmente nos destemperamos em amargura.

Proclamamos haver hipotecado todas as forças de espírito à confiança na Providência Divina e gritamos, ao mesmo tempo, que as tribulações ficaram maiores.

Dizemo-nos fiéis a Deus e afirmamo-nos esquecidos.

Convém observar, porém, que a provação não nos alcança de maneira exclusiva.

As nossas dificuldades são as dificuldades de nosso grupo.

Familiares e companheiros sofrem conosco o impacto das ocorrências desagradáveis, tanto quanto a fricção do cotidiano pela sustentação da harmonia comum.

Se para nós, que nos asseveramos alicerçados em conhecimento superior, as mortificações do caminho assumem a feição de suplícios lentos, que não serão elas para aqueles de nossos entes queridos, ainda inseguros da própria formação espiritual.

Compreendamos que, se na extinção dos nosso problemas pequeninos, requisitamos o máximo de proteção ao Senhor, é natural que o Senhor nos peça o mínimo de concurso na supressão dos grandes infortúnios que abatem o próximo.

Em quantos lances embaraçosos, somos, de fato, a pessoa indicada à paciência e à tolerância, ao entendimento e ao serviço?

Com semelhante raciocínio, reconhecemos que a pior atitude, em qualquer adversidade, será sempre aquela da dúvida ou da inquietação que venhamos a demonstrar.

Em supondo que a solução do Auto demora a caminho, depois de havermos rogado o favor da Infinita Bondade, recordemos que se a hora de crise é o tempo de luta, é também a ocasião para os melhores testemunhos de fé; e que se exigimos o amparo do Senhor, em nosso benefício, é perfeitamente justo que o Senhor nos solicite algum amparo, em favor dos que se afligem, junto de nós.

 

Francisco Cândido Xavier por Emmanuel. In: Palavras de Vida Eterna

quinta-feira, 28 de novembro de 2024

SENTIMENTOS FRATERNOS

 

“Quanto, porém, à caridade fraternal, não
necessitais de que vos escreva, visto que
vós mesmos estais instruídos por Deus que
vos ameis uns aos outros.”
 Paulo (I Tessalonicenses, 4:9)

Forte contrasenso que desorganiza a contribuição humana, no divino edifício do Cristianismo, é o impulso sectário que atormenta enormes fileiras de seus seguidores.

Mais reflexão, mais ouvidos ao ensinamento de Jesus e essas batalhas injustificáveis estariam para sempre apagadas.

Ainda hoje, com as manifestações do plano espiritual na renovação do mundo, a cada momento surgem grupos e personalidades, solicitando fórmulas do Além para que se integrem no campo da fraternidade pura.

Que esperam, entretanto, os companheiros esclarecidos para serem efetivamente irmãos uns dos outros?

Muita gente se esquece de que a solidariedade legítima escasseia nos ambientes onde é reduzido o espírito de serviço e onde sobra a preocupação de criticar. Instituições notáveis são conduzidas à perturbação e ao extermínio, em vista da ausência do auxílio mútuo, no terreno da compreensão, do trabalho e da boa vontade.

Falta de assistência? Não.

Toda obra honesta e generosa repercute nos planos mais altos, conquistando cooperadores abnegados.

Quando se verifique a invasão da desarmonia nos institutos do bem, que os agentes humanos acusem a si mesmos pela defecção nos compromissos assumidos ou pela indiferença ao ato de servir. E que ninguém peça ao Céu determinadas receitas de fraternidade, porque a fórmula sagrada e imutável permanece conosco no “amai-vos uns aos outros”.

  

Emmanuel/Chico Xavier
Livro: Pão Nosso

quarta-feira, 27 de novembro de 2024

SERENIDADE


Não te alimentes do imprestável


       A mente é, pois, um dínamo poderoso, gerando forças pelo processo de pensar; a memória é campo que escapa ao entendimento dos homens e os pensamentos se encontram na mesma área. Tu pensas, sem compreenderes os processos usados pela mente, e entram nessas atividades outros meios que o tempo há de nos revelar. Criamos ideias sem saber exatamente  o que usamos para tal.

       A vida pede para não nos alimentarmos do imprestável; já se sabe que em espírito a ação se dá somente pela força dos pensamentos; isso vale dizer que, quando nos movemos na carne, os pensamentos encontram mais dificuldades do que quando estamos livres, pois aumentam mais trilhões de células para serem por ele dirigidas.

       Lembra-te bem do que disse Jesus: “a tua fé te curou.” Onde se encontra a fé? Ela vem do pensamento e se expressa, por vezes, de muitas maneiras, induzindo no local em decadência a reestruturação, despertando a alegria, confiança onde “assenta” o Espírito, que escapa ao nosso estudo. Aí existe a vida mais acentuada, e recebe de Deus o germe dos pensamentos, dando-lhes meios de crescimento; o comportamento deles pode ser educado somente por nós, assim mesmo, dependendo do tempo, da nossa idade sideral.

       É bom que nos conscientizemos de que Deus é tudo, e d’Ele nasce tudo que existe;  quanto mais amamos a Deus, mais compreendemos o Senhor dentro e fora de nós. O corpo físico constitui um dos complexos mais aprimorados na face da Terra, e devemos estudá-lo para saber conservá-lo dentro do equilíbrio.

       No princípio desta mensagem falamos para não nos alimentarmos do imprestável, e felizmente sabemos o que é imprestável, o que chamamos de negativo; procuremos nos alimentar de pensamentos elevados, buscando a formação de virtudes cristãs no decorrer da nossa vida; elas geram paz, geram caridade, geram alegria e ainda o amor que gera vida, pois Deus é amor. E em tudo isso isto é bom que não nos falte a serenidade.  

       Copiando Jesus, automaticamente surgirá a tranquilidade nos teus sentimentos. Em contato com teus irmãos menores, esforça-te na tua transformação, nas chamadas mudanças para melhor, aquelas que o bem comanda; neste esforço de melhorar, outras melhoras vão surgindo, como que por encanto. É a força de Deus, despertando a força do Espírito.

       Devemos agradecer ao Senhor todos os dias, pelo que Ele faz por nós, porque, repetimos, tudo vem de Deus. Um pouquinho que o Senhor entrega ao nosso encargo deve ser feito com serenidade, com paciência, com amor, mas o que será feito por nós depende ainda é de Deus. Convém confiar no Todo Poderoso, afastando-nos definitivamente do orgulho e do egoísmo, mudando as modalidades de pensar, de falar e de agir, fazendo assim ambiente para a harmonia da nossa vida íntima.

       Devemos pedir a Deus para abençoar os nossos trabalhos, no que se refere à nossa educação. Se tudo vem de Deus, confiemos n’Ele, que seremos atendidos com amor. E se nós somente curamos a nós mesmos, é nos integrando a Ele, pelas Suas leis, que ordenam todo o universo, que nos curaremos.

       Estudemos a harmonia, e esforcemo-nos para instalar esse ambiente dos Céus em nossa consciência.

 


De “Cura-te a ti mesmo”, de João Nunes Maia, pelo Espírito Miramez

terça-feira, 26 de novembro de 2024

MULTIDÕES


“Tenho compaixão da multidão.”
– Jesus. (Marcos, 8:2)

Os espíritos verdadeiramente educados representam, em todos os tempos, grandes devedores à multidão.

Raros homens, no entanto, compreendem esse imperativo das leis espirituais.

Em geral, o mordomo das possibilidades terrestres, meramente instruído na cultura do mundo, esquiva-se da massa comum, ao invés de ajudá-la. Explora-lhe as paixões, mantém-lhe a ignorância e costuma roubar-lhe o ensejo de progresso. Traça leis para que ela pague os impostos mais pesados, cria guerras de extermínio, em que deva concorrer com os mais elevados tributos de sangue. O sacerdócio organizado, quase sempre, impõe-lhe sombras, enquanto a filosofia e a ciência lhe oferecem sorrisos escarnecedores.

Em todos os tempos e situações políticas, conta o povo com escassos amigos e adversários em legiões.

Acima de todas as possibilidades humanas, entretanto, a multidão dispõe do Amigo Divino.

Jesus prossegue trabalhando.

Ele, que passou no Planeta entre pescadores e proletários, aleijados e cegos, velhos cansados e mães aflitas, volta-se para a turba sofredora e alimenta-lhe a esperança, como naquele momento da multiplicação dos pães.

Lembra-te, meu amigo, de que és parte integrante da multidão terrestre.

O Senhor observa o que fazes.

Não roubes o pão da vida; procura multiplicá-lo.


 
 
Livro: Vinha de Luz
Francisco Cândido Xavier por Emmanuel

segunda-feira, 25 de novembro de 2024

PARA O ALVO

         Quando Paulo escreveu aos Filipenses, já possuía vasta experiência de apostolado.

Doutor da Lei em  Jerusalém, abandonara as vaidades de raça e de família, rendendo-se ao Mestre em santificadora humildade.

Após dominar pela força física, pela cultura intelectual e pela inteligência nobre, voltou-se para o tear obscuro, conquistando o próprio sustento com o suor diário. Ingressando nos espinhosos testemunhos para servir ao próximo, por amor a Jesus, recebeu a ironia e o desamparo de familiares, a desconfiança e o insulto de velhos amigos, os açoites da maldade e as pedradas da incompreensão.

O convertido de Damasco, no entanto, jamais desanimou, prosseguindo, invariavelmente, para o alvo, que, ainda e sempre, é a união divina do discípulo com o Mestre.

Quantos aprendizes estarão, atualmente, dispostos ao grande exemplo?

Espalham-se, em vão, os convites ao sublime banquete, debalde envia Jesus mensageiros aos estudantes novos, revelando a excelência da vida superior. A maioria deles, contudo, abrange operários fugitivos, plenamente distraídos da realização... Perdem de vista a obra por fazer, desinteressam-se das lições necessárias e esquecem as finalidades da permanência na Terra. Comumente, nos primeiros obstáculos mais fortes da marcha, nas corrigendas iniciais do serviço, põem-se em lágrimas de desespero, acabrunhados e tristes. Declaram-se, incompreensivelmente, desalentados, vencidos, sem esperança...

A explicação é simples, todavia. Perderam o rumo para o Cristo, seduzidos por espetáculos fugazes, nas numerosas estações da jornada espiritual, e, por esquecerem o alvo sublime, chega de modo inevitável o instante em que, cessados os motivos da transitória fascinação, se sentem angustiados, como viajores sedentos nos áridos desertos da vida humana.

 

Francisco Cândido Xavier por Emmanuel. In: Vinha de Luz

sexta-feira, 22 de novembro de 2024

EM TODOS OS CAMINHOS

 

        Seja qual seja a experiência, convence-te de que Deus está conosco em todos os caminhos.
 
        Isso não significa omisso de responsabilidade ou exoneração da incumbência de que o Senhor nos revestiu. Não há consciência sem compromisso, como não existe dignidade sem lei.
 
        O peixe mora gratuitamente na água, mas deve nadar por si mesmo. A árvore, embora não pague imposto pelo solo a que se vincula, é chamada a produzir conforme a espécie.
 
        Ninguém recebe talentos da vida para escondê-los em poeira ou ferrugem.
 
        Nasceste para realizar o melhor. Para isso, é possível te defrontes com embaraços naturais ao próprio burilamento, qual a criança que se esfalfa compreensivelmente nos exercícios da escola. A criança atravessa as provas do aprendizado sob a cobertura da educação que transparece do professor. Desempenhamos as nossas funções com o apoio de Deus.
 
        Se o conhecimento exato da Onipresença Divina ainda não te acode à mente necessitada de fé, pensa no infinito das bênçãos que te envolvem, sem que despendas mínimo esforço. Não contrataste engenheiros para a garantia do Sol que te sustenta e nem assalariaste empregados para a escavação de minas de oxigênio na atmosfera, a fim de que se renove o ar que respiras.
 
        Reflete, por um momento só, nas riquezas ilimitadas ao teu dispor nos reservatórios da natureza e compreenderás que ninguém vive só.
 
        Confia, segue, trabalha e constrói para o bem. E guarda a certeza de que, para alcançar a felicidade, se fazes teu dever, Deus faz o resto.



 
(Francisco Cândido Xavier por Emmanuel. In: Caminho Espírita)

quinta-feira, 21 de novembro de 2024

O SOM


“Porque, se a trombeta der sonido incerto,
quem se preparará para a batalha?”
– Paulo. (I Coríntios, 14:8)

Ninguém julgue sejam necessários grandes cataclismos para que se efetue a modificação de planos da criatura.

O homem pode mudar-se de esfera, sem alarido cósmico, e as zonas superiores e inferiores representam graus de vida, na escala do Infinito.

Elevação e queda, diante da própria consciência, constituem impulso para cima ou para baixo, no campo ilimitado de manifestações do espírito imperecível.

Toda modificação para melhor reclama luta, tanto quanto qualquer ascensão exige esforço.

É imprescindível a preparação de cada um para a subida espiritual.

É natural, portanto, que os vanguardeiros sejam porta-vozes a todos aqueles que acompanham o trabalho de melhoria, aglomerados em multidão.

Eis por que, personificando no discípulo do Evangelho a trombeta viva do Cristo, dele devemos esperar avisos seguros.

Em quase todos os lugares observamos os instrumentos de sons incertos que dão notícia do serviço a fazer, mas não revelam caminhos justos.

Na maioria dos núcleos do Cristianismo renascente, deparam-se-nos trabalhadores altamente dotados de luz espiritual, que duvidam de si mesmos, companheiros valiosos cuja fé somente vibra em descontínuas fulgurações.

É necessário compreender, porém, que o som incerto não atende ao roteiro exato. Serve para despertar, mas não fornece orientação.

Os aprendizes da Boa Nova constituem a instrumentalidade do Senhor. Sabemos que, coletivamente, permanecem todos empenhados em servi-lo, entretanto, ninguém olvide a necessidade de afinar a trombeta dos sentimentos e pensamentos pelo diapasão do Divino Mestre, para que a interferência individual não se faça nota dissonante no sublime concerto do serviço redentor.


Vinha de Luz. Francisco C. Xavier por Emmanuel

terça-feira, 19 de novembro de 2024

PURIFIQUEMO-NOS


“De sorte que, se alguém se purificar destas

coisas, será vaso para honra, santificado e idôneo

para uso do Senhor, e preparado para toda

a boa obra.” - Paulo. (II Timóteo 2:21)

 

Em cada dia de luta, é indispensável atentar para a utilização do vaso de nossas possibilidades individuais.

Na Terra, onde a maioria das almas encarnadas dorme ainda o sono da indiferença, é mais que necessária a vigilância do trabalhador de Jesus, nesse particular.

Quem não guarde os ouvidos pode ser utilizado pela injustiça. Quem não vigie sobre a língua pode facilmente converter-se em vaso da calúnia, pela leviandade ou pela preocupação de sensacionalismo. Quem não ilumine os olhos pode tornar-se vaso de falsos julgamentos. Quem não se orientar pelo espírito cristão, será naturalmente conduzido a muitos disparates e perturbações, ainda mesmo quando a boa-fé lhe incuta propósitos louváveis.

Os homens e mulheres, de todas as condições, estão sendo usados pelas forças da vida, diariamente. Por enquanto, a maioria constitui material utilizado pela malícia e pela viciação. Vasos frágeis e imperfeitos, fundem-se e refundem-se todos os dias, em meio de experiências inquietantes e rudes.

Raríssimos são aqueles que, de interior purificado, podem servir ao Senhor, habilitados para as boas obras. Muitos ambicionam essa posição elevada, mas não cuidam de si mesmos. Reclamam a situação dos grandes missionários, exigem a luz divina, clamem por revelações avançadas, contudo, em coisa alguma se esforçam por se libertarem das paixões baixas.

Observa, pois, amigo, a que princípios serves na lida diária. Lembra-te de que o vaso de tuas possibilidades é sagrado. Que forças da vida se utilizam dele? Não olvides, acima de tudo, que precisamos da legítima purificação, a fim de que sejamos vasos para honra e idôneos para uso do Senhor.

 

 

Vinha de Luz. Francisco C Xavier por Emmanuel

segunda-feira, 18 de novembro de 2024

PROGRAMA DE PAZ

 

Cumprir o próprio dever. Ninguém tranqüiliza ninguém, sem trazer a consciência tranqüila.

 

Usar boas palavras e bons modos. Qualquer viajante da estrada sabe afastar-se do pé de laranja azeda.

 

Desconhecer ofensas. A vida não constrange criatura alguma a passar recibo numa serpente para atormentar-se com ela.

 

Auxiliar indistintamente. Se a fonte escolhesse os elementos a que prestar benefício, decerto que a Terra seria, francamente, um planeta inabitável. 

Não censurar. A crítica nos traça a obrigação de fazer melhor do que aqueles que nós reprovamos. 

Abençoar sempre. Qualquer trato de solo agradece o adubo que se lhe dê.

 

Jamais vingar-se. Pessoa alguma consegue ajudar a um doente, fazendo-se mais doente ainda.


Amar os inimigos. A obra-prima de escultura nasce no sonho do artista que a concebe, mas não dispensa o concurso do buril que lhe dá forma. 

Não se lastimar por fracasso do caminho. O Sol, em cada hemisfério do mundo, começa a trabalhar de novo diariamente. 

Saber cooperar, a fim de receber cooperação. O próprio Cristo não consegue sozinho realizar a obra de redenção da Humanidade e, em iniciando o seu apostolado na Terra, procurou doze companheiros que lhe serviram de base à divina missão. 



Autor: André Luiz
Psicografia de Francisco Cândido Xavier

sexta-feira, 15 de novembro de 2024

QUE FAZEIS DE ESPECIAL?


“Que fazeis de especial?”

– Jesus. (Mateus, 5:47)


Iniciados na luz da Revelação Nova, os espiritistas cristãos possuem patrimônios de entendimento muito acima da compreensão normal dos homens encarnados.

Em verdade, sabem que a vida prossegue vitoriosa, além da morte; que se encontram na escola temporária da Terra em favor da iluminação espiritual que lhes é necessária; que o corpo carnal é simples vestimenta a desgastar-se cada dia; que os trabalhos e desgostos do mundo são recursos educativos; que a dor é o estímulo às mais altas realizações; que a nossa colheita futura se verificará de acordo com a sementeira de agora; que a luz do Senhor clarear-nos-á os caminhos sempre que estivermos a serviço do bem; que toda oportunidade de trabalho no presente é uma bênção dos Poderes Divinos; que ninguém se acha na Crosta do Planeta em excursão de prazeres fáceis, mas, sim, em missão de aperfeiçoamento; que a justiça não é uma ilusão e que a verdade surpreenderá toda a gente; que a existência na esfera física é abençoada oficina de trabalho, resgate e redenção e que os atos, palavras e pensamentos da criatura produzirão sempre os frutos que lhes dizem respeito, no campo infinito da vida.

Efetivamente, sabemos tudo isto.

Em face, pois, de tantos conhecimentos e informações dos planos mais altos, a beneficiarem nossos círculos felizes de trabalho espiritual, é justo ouçamos a interrogação do Divino Mestre:

- Que fazeis mais que os outros?


 

Vinha de Luz. Francisco C. Xavier por Emmanuel

 

quinta-feira, 14 de novembro de 2024

NUTRIÇÃO ESPIRITUAL


“Bom é que o coração se fortifique com
graça e não com manjares, que de
nada aproveitaram aos que a eles se
entregaram.” Paulo (Hebreus, 13:9)

Há vícios de nutrição da alma, tanto quanto existem na alimentação do corpo.

Muitas pessoas trocam a água pura pelas bebidas excitantes, qual ocorre a muita gente que prefere lidar com a ilusão perniciosa, em se tratando dos problemas espirituais.

O alimento do coração, para ser efetivo na vida eterna, há de basear-se nas realidades simples do caminho evolutivo.

É imprescindível estejamos fortificados com os valores iluminativos, sem atender aos deslumbramentos da fantasia que procede do exterior. E justamente na estrada religiosa é que semelhante esforço exige mais amplo aprimoramento.

O crente, de maneira geral, está sempre sequioso de situações que lhe atendam aos caprichos nocivos, quanto o gastrônomo anseia pelos pratos exóticos; entretanto, da mesma sorte que os prazeres da mesa em nada aproveitam nas atividades essenciais, as sensações empolgantes da zona fenomênica se tornam inúteis ao espírito, quando este não possui recursos interiores suficientes para compreender as finalidades.

Inúmeros aprendizes guardam a experiência religiosa, que lhes diz respeito, por questão puramente intelectual. Imperioso, porém, é reconhecer que o alimento da alma para fixar-se, em definitivo, reclama o coração sinceramente interessado nas verdades divinas.

Quando um homem se coloca nessa posição íntima, fortifica-se realmente para a sublimação, porque reconhece tanto material de trabalho digno, em torno dos próprios passos, que qualquer sensação transitória, para ele, passa a localizar-se nos últimos degraus do caminho.


 


Emmanuel/Chico Xavier
Livro: Pão Nosso

quarta-feira, 13 de novembro de 2024

O TEU DOM

 

“Não desprezes o dom que há em ti”
- Paulo. (I Timóteo, 4:14)

Em todos os setores de reorganização da fé cristã, nos quadros do Espiritismo contemporâneo, há sempre companheiros dominados por nocivas inquietações.

O problema da mediunidade, principalmente, é dos mais ventilados, esquecendo-se, não raro, o impositivo essencial do serviço.

Aquisições psíquicas não constituem realizações mecânicas.

É indispensável aplicar nobremente as bênçãos já recebidas, a fim de que possamos solicitar concessões novas.

Em toda parte, há insopitável ansiedade por recolher dons do Céu, sem nenhuma disposição sincera de espalhá-los, a benefício de todos, em nome do Divino Doador. Entretanto, o campo de lutas e experiências terrestres é a obra extensa do Cristo, dentro da qual a cada trabalhador se impõe certa particularidade de serviço.

Diariamente, haverá mais farta distribuição de luz espiritual em favor de quantos se utilizam da luz que já lhes foi concedida, no engrandecimento e na paz da comunidade.

Não é razoável, porém, conferir instrumentos novos a mãos ociosas, que entregam enxadas à ferrugem.

Recorda, pois, meu amigo, que podes ser o intermediário do Mestre, em qualquer parte.

Basta que compreendas a obrigação fundamental, no trabalho do bem, e atendas à Vontade do Senhor, agindo, incessantemente, na concretização dos Celestes Desígnios.

Não te aflijas, portanto, se ainda não recebeste a credencial para o intercâmbio direto com o plano invisível, sob o ponto de vista fenomênico. Se suspiras pela comunicação franca com os espíritos desencarnados, lembra-te de que também és um espírito imortal, temporariamente na Terra, com o dever de aplicar o sublime dom de servir que há em ti mesmo.

 

 

Livro: Vinha de Luz. Francisco C. Xavier por Emmanuel

NA AUSÊNCIA DO AMOR

    Se não sabes cultivar a verdadeira fraternidade, serás atacado fatalmente pelo pessimismo, tanto quanto a terra seca sofrerá o acumulo d...