“Somos servos inúteis, fizemos
o que devíamos fazer.”(Lucas: capítulo 17º, versículo
10)
Os néscios
não conseguem entendê-la.
Os
preguiçosos supõem marginalizá-la.
Os
ingratos desconsideram-na.
Os
frívolos transferem-na no tempo e na oportunidade.
Os
atormentados teimam por evitá-la.
Os
vândalos corrompem-na.
Os
pervertidos pensam mudar-lhe a estrutura, confundindo o teor em que se
apresenta.
Mas,
incorruptível, a disciplina traça linhas diretivas e vigorosas, trabalhando o
diamante bruto do espírito, a fim de expungí-lo de toda jaça e torná-lo de real
lavor.
Enxameiam
em todo lugar os homens que a conspurcam, enlouquecidos pela tirania do “eu” ou
amesquinhados sob o peso da irresponsabilidade.
Nos dias
modernos, muitas pessoas acreditam que manter disciplina em relação a si
mesmas, como ao próximo e à comunidade, — bases que são da Humanidade —, é
esforço vão, tendo em vista a vitória dos usurpadores, das facções poderosas
que se utilizam da força e da astúcia dos donos dos monopólios, como da
impiedade...
No entanto
o mentiroso a si mesmo se engana; o tirano a si próprio se prejudica; o avaro
constrói; o presídio dourado da loucura pessoal; o criminoso jugula-se à
hediondez; o explorador condiciona-se à insaciabilidade.
Ninguém
engana, realmente, ninguém.
É da Lei
Divina que somente sofre o que o homem deve. Desde que se apresente em condição
de vítima expunge, enquanto o algoz adquire débito para ulterior aflição.
Face a
isso, disciplina-te no exercício dos pequenos labores para fruíres as alegrias
que te conduzirão aos eloquentes deveres que libertam e acalmam.
Disciplina
é impositivo de alevantamento moral fomentador do progresso, base da paz, de
que ninguém pode prescindir.
Se as tuas
disciplinas morais por enquanto se apresentam como pesada canga, persevera e
insiste nelas até que te chegue o instante liberativo em que se transformarão
em prazer de plenitude e gozo de harmonia pessoal decorrente do júbilo de todos
pelo que hajas produzido e conseguido.
Convites
da Vida
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