“E se te fez algum dano, ou te
deve algumacoisa, põe isso à minha conta.”
Paulo (FILÊMON, 1: 18)
Enviando Onésimo a Filêmon,
Paulo, nas suas expressões inspiradas e felizes, recomendava ao amigo lançasse
ao seu débito quanto lhe era devido pelo portador.
Afeiçoemos a exortação às
nossas necessidades próprias.
Em cada novo dia de luta,
passamos a ser maiores devedores do Cristo.
Se tudo nos corre dificilmente,
é de Jesus que nos chegam as providências justas. Se tudo se desenvolve
retamente, é por seu amor que utilizamos as dádivas da vida e é, em seu nome,
que distribuímos esperanças e consolações.
Estamos empenhados à sua
inesgotável misericórdia.
Somos d’Ele e nessa
circunstância reside nosso título mais alto.
Por que, então, o pessimismo e
o desespero, quando a calúnia ou a ingratidão nos ataquem de rijo, trazendo-nos
a possibilidade de mais vasta ascensão?
Se estamos totalmente
empenhados ao amor infinito do Mestre, não será razoável compreendermos pelo
menos alguma particularidade de nossa dívida imensa, dispondo-nos a aceitar
pequenina parcela de sofrimento, em memória de seu nome, junto de nossos irmãos
da Terra, que são seus tutelados igualmente?
Devemos refletir que quando
falamos em paz, em felicidade, em vida superior, agimos no campo da confiança,
prometendo por conta do Cristo, porquanto só Ele tem para dar em abundância.
Em vista disso, caso sintas que
alguém se converteu em devedor de tua alma, não te entregues a preocupações
inúteis, porque o Cristo é também teu credor e deves colocar os danos do
caminho em sua conta divina, passando adiante.
Emmanuel/Chico Xavier
Livro: Caminho, Verdade e Vida
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