Senhor!
Abençoa-nos, servos
imperfeitos que reconhecemos ser, na longa trilha do processo de nossa
evolução.
Encontramo-nos
emaranhados em nosso pretérito, onde os espículos da imperfeição acicatam as
nossas necessidades.
Deslumbrados pelo sol da
madrugada nova, comprazemo-nos na noite demorada que nos retém, chafurdados na
incompreensão e no desequilíbrio.
Prometendo renovação e
paz, detemo-nos na intriga e na desídia.
Buscando o planalto da
redenção, retemo-nos no pantanal do vício. Aspirando liberdade e glória,
algemamo-nos à paixão escravizante e ao defeito perturbador.
Contigo aprendemos que
vencedor é aquele que serve, feliz é aquele que doa, fiel é aquele que
renuncia.
Não obstante,
disputamos, nos combates aguerridos da inferioridade, os primeiros lugares; nos
banquetes da fatuidade sem nos darmos conta de que Tu, Senhor, Excelso
Governador da Terra, abandonaste, um dia, o sólio do Empíreo para refugiar-TE
na manjedoura, ensejando-nos a madrugada imperecível que traça o rastro
luminoso desde o presépio de Belém à cruz de Jerusalém, a fim de dizer-nos que
a ressurreição gloriosa é contingência inevitável da morte, em sombras, para o
dia imorredouro da plenitude.
Abençoa-nos, portanto,
Senhor, aos discípulos que Te desejamos servir e amar, construindo, no mundo, a
Era Nova que o Teu Evangelho restaurado nos traz, a fim de que possamos, no
termo da jornada, dizer como o converso de Damasco:
Já não sou eu quem vive,
mas Tu, Senhor, vives em mim.
(Divaldo Pereira Franco por Bezerra de Menezes. In: A prece segundo os
Espíritos)
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