Apresentando
a imagem do cadáver e das águias, referia-se o Mestre à necessidade dos homens
penitentes, que precisam recursos de combate à extinção das sombras em que se
mergulham.
Não se
elimina o pântano, atirando-lhe flores.
Os corpos
apodrecidos no campo atraem corvos que os devoram.
Essa
figura, de alta significação simbológica, é dos mais fortes apelos do Senhor,
conclamando os servidores do Evangelho aos movimentos do trabalho santificante.
Em vários
círculos do Cristianismo renascente surgem os que se queixam, desalentados, da
ação de perseguidores, obsessores e verdugos visíveis e invisíveis.
Alguns
aprendizes se declaram atados à influência deles e confessam-se incapazes de
atender aos desígnios de Jesus.
Conviria,
porém, muita ponderação, antes de afirmativas desse jaez, que apenas acusam os
próprios autores.
É
imprescindível lembrar sempre que as aves impiedosas se ajuntarão em torno de
cadáveres ao abandono.
Os corvos
se aninham noutras regiões, quando se alimpa o campo em que permaneciam.
Um homem
que se afirma invariavelmente infeliz fornece a impressão de que respira num
sepulcro; todavia, quando procura renovar o próprio caminho, as aves escuras da
tristeza negativa se afastam para mais longe.
Luta
contra os cadáveres de qualquer natureza que se abriguem em teu mundo interior.
Deixa que o divino sol da espiritualidade te penetre, pois, enquanto fores
ataúde de coisas mortas, serás seguido, de perto, pelas águias da destruição.
Emmanuel/Chico Xavier
Livro: Pão Nosso
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