Reunião pública de 19-2-60
Questão nº 176 - § 8º - O Livro dos Médiuns
Entretanto, reflete na Lei Divina a que todos, obrigatoriamente,
nos entrosamos.
Isso não quer dizer devamos ignorar o martírio silencioso
dos companheiros em calamidade do campo físico.
Para tanto, seria preciso não haver sentimento.
Sabemos, sim, quanto dói seguir, noite a noite, a provação
dos familiares, em moléstias irreversíveis; conhecemos, de perto, a angústia
dos pais que recolhem no coração o suplício dos filhinhos torturados no berço;
partilhamos a dor dos que gemem nos hospitais como sentenciados à pena ultima,
e assinalamos o tormento recôndito dos que fitam, Inquietos, em doentes amados,
os olhos que se embaciam...
***
Observa, porém, o quadro escuro das transgressões humanas
que nos rodeiam.
Pensa nos crimes perfeitos que injuriam a Terra; na
insubmissão dos que se rendem às sugestões do suicídio, prejudicando os planos
da Eterna Sabedoria e criando aflitivas expiações para si mesmos; nos processos
inconfessáveis dos que usam a inteligência para agravar as necessidades dos
semelhantes e na ingratidão dos que convertem o próprio lar em reduto do
desespero e da morte...
Medita nos torvos compromissos dos que se acumpliciam agora
com os domínios do mal, e perceberás que a enfermidade é quase sempre o bem
exprimindo reajuste, sustando-nos a queda em delitos maiores.
***
Organizemos, assim, o socorro da oração, junto de todos os
que padecem no corpo dilacerado, mas, se a cura demora, jamais nos aflijamos.
Seja o leito de linho, de seda, palha ou pedra, a dor é
sempre a mesma e a prece, em toda parte, é bênção, reconforto, amparo, luz e
vida.
Lembremo-nos, no entanto, de que lesões e chagas,
frustrações e defeitos, em nossa forma externa, são remédios da alma que nós
mesmos pedimos à farmácia de Deus.
In: Seara dos Médiuns
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