Refere-se o apóstolo dos gentios a uma das mais belas realidades
da vida espiritual.
Nos problemas da morte, as escolas cristãs, trabalhadas pelas
cogitações teológicas de todos os tempos, erigiram teorias diversas, definindo
a situação da criatura, após o desprendimento carnal. É justo que semelhante
situação seja a mais diversificada possível. Ninguém penetra o circulo da vida
terrena em processo absolutamente uniforme, como não existem fenômenos de
desencarnação com analogia integral. Cada alma possui a sua porta de “entrada”
e “saída”, conforme as conquistas próprias.
Fala-se demasiadamente em zonas purgatoriais, em trevas exteriores,
em regiões de sono psíquico.
Tudo isso efetivamente existe em plano grandioso e sublime que,
por enquanto, transcende o limitado entendimento humano.
Todos os que se abeberam nas fontes puras da verdade, com o
Cristo, devem guardar sempre o otimismo e a confiança.
“Nem todos dormiremos” - diz Paulo. Isto significa que nem todas
as criaturas caminharão às tontas, nas regiões mentais da semi-inconsciência,
nem todas serão arrebatadas a esferas purgatoriais e, ainda que tais
ocorrências sucedessem, ouçamos, ainda, o abnegado amigo do Evangelho, quando
nos assevera - “mas todos seremos transformados”.
Paulo não promete sofrimento inesgotável nem repouso sem-fim.
Promete transformação.
Ninguém parte ao chamado da Vida Eterna senão para transformar-se.
Morte do corpo é crescimento espiritual.
O túmulo numa esfera é berço em outra.
E como a função da vida é renovar para a perfeição,
transformemo-nos para o bem, desde hoje.
Livro: Vinha de Luz.
Francisco C. Xavier por Emmanuel
Nenhum comentário:
Postar um comentário