Agradeço, Senhor,
Quando
me dizes “não”
Às
súplicas indébitas que faço,
Através
da oração.
Muitas
daquelas dádivas que peço,
Estima,
concessão, posse, prazer,
Em
meu caso talvez fossem espinhos,
Na
senda que me deste a percorrer.
De
outras vezes, imploro-te favores,
Entre
lamentação, choro, barulho,
Mero
capricho, simples algazarra,
Que
me escapam do orgulho...
Existem
privilégios que desejo,
Reclamando-te
o “sim”,
Que,
se me florescessem na existência,
Seriam
desvantagens contra mim.
Em
muitas circunstâncias, rogo afeto,
Sem
achar companhia em qualquer parte,
Quando
me dás a solidão por guia
Que
me inspire a buscar-te.
Ensina-me
que estou no lugar certo,
Que
a ninguém me ligaste de improviso,
E
que desfruto agora o melhor tempo
De
melhorar-me em tudo o que preciso.
Não
me escutes as exigências loucas,
Faze-me
perceber
Que
alcançarei além do necessário,
Se
cumprir meu dever.
Agradeço,
meu Deus,
Quando
me dizes “não” com teu amor,
E
sempre que te rogue o que não deva,
Não
me atendas, Senhor!...
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