Encontras o semblante amargo da
solidão no momento em que as circunstâncias te compelem a deixar o conhecido.
Supõe que a construção de toda
a existência desaba sobre ti mesmo, como se a ausência da moldura familiar te
rasgasse o quadro da própria alma.
Corações amigos, atraídos por
outras sendas, abandonaram-te os ideais; pessoas queridas deixaram-te a sós;
aposentaram-te a distância do trabalho de muitos anos, ou a morte, de passagem,
ceifou o sorriso dos companheiros que te eram mais caros...
Sentes, por vezes, que estás
deixando para trás tudo o que te parece mais valioso, entretanto, não mais é
verdade.
Basta jornadeies corajosamente
adiante e, buscando expressar-te em novas formas, reconhecerás que o amor e o
trabalho são mais belos em teu caminho:
Compreenderás, então, que podes
adicionar novas parcelas de alegria à felicidade dos que mais amas e que podes
servir com mais entendimento às aspirações que te inspiram a marcha.
Se a vida te apresenta a
fisionomia triste da solidão, recorda a própria imortalidade e não te detenhas.
O menino deixa a infância para
entrar na mocidade, o jovem deixa a mocidade para entrar na madureza, o adulto
deixa a madureza para entrar na senectude e o ancião deixa a extrema velhice
para entrar no mundo espiritual, não como quem perde os valores adquiridos, mas
sim prosseguindo para o alvo que as Leis de Deus nos assinalam a cada um...
(Francisco Cândido Xavier por Emmanuel.In: Palavras de Vida Eterna)
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