domingo, 25 de setembro de 2022

POBREZA DA ALMA


         Falando de pobreza do espírito, a que se refere o Evangelho, nota-se que muitos confundem o que realmente o Cristo quis dizer. Jesus não iria oferecer as bem-aventuranças para os que eram bem-aventurados. Francisco de Assis, o Poverello iluminado da Úmbria, mostrava uma pobreza externa, com uma finalidade educativa, no comando de uma comunidade religiosa. Mas, era rico por dentro, chamando a pobreza de irmã.

         Os pobres de espírito, na referência do Senhor, são os atribulados, porque pelas atribulações aprendem a se corrigirem; os cheios de problemas, por estarem às portas das transformações, das mudanças de costumes; os que choram, porque logo vem o arrependimento, e procuram libertar-se de um passado acumulado de erros.

         Bem-aventurados são os aflitos que tiram das aflições normas de melhorar a sua própria vida! A riqueza dos sentimentos diante da sociedade humana, para a Terra é pobreza; no entanto, para os Céus são valores imortais.

         Bem-aventurados os pobres de espírito, aqueles que conquistaram a humildade no arrocho da dor!

         Bem-aventurados os tolerantes, os que não revidam o mal com o mal e que já acenderam essa luz no coração, que é deles o reino da paz, no centro da alma!

         Meu filho, procuremos derrubar pelo trabalho digno a falsa riqueza da alma, ganhando a simplicidade cristã com o amor, na sua mais pura irradiação de fraternidade. Não temas a interpretação dos homens a respeito das bem-aventuranças, porque Jesus, na Sua época, foi considerado como vencido pelos detratores; não obstante, para o Comando da vida, foi o vencedor da desarmonia entre a humanidade. Para a nossa segurança, basta a opinião de Deus. Se te chamarem de pobre e ignorante, continua com Jesus, que serás rico nos Céus.

  

 

Bezerra - De “Assimilação Evangélica”

de João Nunes Maia – Espíritos diversos

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