Falando de pobreza do
espírito, a que se refere o Evangelho, nota-se que muitos confundem o que
realmente o Cristo quis dizer. Jesus não iria oferecer as bem-aventuranças para
os que eram bem-aventurados. Francisco de Assis, o Poverello iluminado da
Úmbria, mostrava uma pobreza externa, com uma finalidade educativa, no comando
de uma comunidade religiosa. Mas, era rico por dentro, chamando a pobreza de
irmã.
Os pobres de espírito,
na referência do Senhor, são os atribulados, porque pelas atribulações aprendem
a se corrigirem; os cheios de problemas, por estarem às portas das
transformações, das mudanças de costumes; os que choram, porque logo vem o
arrependimento, e procuram libertar-se de um passado acumulado de erros.
Bem-aventurados são os
aflitos que tiram das aflições normas de melhorar a sua própria vida! A riqueza
dos sentimentos diante da sociedade humana, para a Terra é pobreza; no entanto,
para os Céus são valores imortais.
Bem-aventurados os
pobres de espírito, aqueles que conquistaram a humildade no arrocho da dor!
Bem-aventurados os
tolerantes, os que não revidam o mal com o mal e que já acenderam essa luz no
coração, que é deles o reino da paz, no centro da alma!
Meu filho, procuremos
derrubar pelo trabalho digno a falsa riqueza da alma, ganhando a simplicidade
cristã com o amor, na sua mais pura irradiação de fraternidade. Não temas a
interpretação dos homens a respeito das bem-aventuranças, porque Jesus, na Sua
época, foi considerado como vencido pelos detratores; não obstante, para o
Comando da vida, foi o vencedor da desarmonia entre a humanidade. Para a nossa
segurança, basta a opinião de Deus. Se te chamarem de pobre e ignorante,
continua com Jesus, que serás rico nos Céus.
Bezerra -
De “Assimilação Evangélica”
de João Nunes Maia – Espíritos diversos
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