Quando afagues teu
filhinho no aconchego doméstico, não te esqueças das mãozinhas anônimas,
esquecidas no desamparo…
Flores rodopiando na
ventania, assemelham-se a estrelas perdidas na tempestade.
É todo um mar de
sofrimento e angústia que te rodeia…
Apura a visão para
que o aflitivo painel te não passe despercebido.
Mãos pequeninas de
várias cores a se debaterem nas sombras…
Chegaram à Terra
como doces promessas de alegria e lutam por sobreviver à procura do bem.
Pelo amor à criancinha
que te inspira a beleza do lar, acende o lume da bondade e não recuses socorro
aos braços minúsculos que te acenam da onda revolta, suplicando piedade e
carinho.
Auxilia esses lírios
humanos a se desvencilharem do lodo das trevas para que se desenvolvam ao
hálito da luz.
Dizes que a vida
pede amor e esperas um mundo melhor…
Não negues, assim, a
tua migalha de ternura aos anjos que choram no temporal.
Recolhe as mãozinhas
enregeladas no frio do desencanto e, ao calor de tua abnegação, ajuda-as a renascer
para a existência, a fim de que possam esculturar o teu sonho de perfeição e
grandeza, no esplendor do amanhã…
Descerra as portas
do coração aos filhinhos do berço torturado e protege-os confiante.
Recorda que, um dia,
duas mãos pequeninas, relegadas ao abandono numa estrebaria singela, eram as
mãos de Jesus, o Rei Divino, que, ainda hoje, são o nosso refúgio de paz e a
esperança do mundo inteiro…
Meimei
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